Seriam os UAPs plasmoides uma nova forma de vida? E ainda por cima sencientes? Talvez uma fração deles, sim. É o que defende um artigo científico publicado por um grupo de seis pesquisadores de cinco universidades.
Intitulado Unidentified Anomalous Phenomena, Extraterrestrial Life, Plasmoids, Shape Shifters, Replicons, Thunderstorms, Lightning, Hallucinations, Aircraft Disasters, Ocean Sightings, o artigo, assinado pelos cientistas e pesquisadores Joseph R.G., Planchon O., Impey C., Armstrong R., Gibson C. e Schild R., foi publicado no Journal of Modern Physics em setembro deste ano, e traz uma abordagem abrangente sobre os UAPs plasmoides e sua natureza.
Baseado em evidências oficiais, os pesquisadores analisaram as características físicas e comportamentais desses UAPs, identificando padrões e ações que sugerem a possibilidade de uma nova forma de vida senciente atuando na Terra.
No início do ano, um artigo também publicado no Journal of Modern Physics, por um grupo de pesquisadores de vários departamentos e universidades, explorou a natureza desses UAPs plasmoides. Intitulado Extraterrestrial Life in the Thermosphere: Plasmas, UAP, Pre-Life, Fourth State of Matter, o artigo discorreu sobre a possibilidade de estarmos diante de seres vivos em um quarto estado da matéria.
Entretanto, a nova pesquisa publicada é muito mais abrangente e aborda questões ainda mais complexas.
A PESQUISA
O estudo baseou-se em registros oficiais da NASA, da Marinha dos Estados Unidos e da Alfândega e Proteção de Fronteiras dos Estados Unidos e sugere que Fenômenos Anômalos Não Identificados (UAPs/UFOs), com características semelhantes a plasmas – conhecidos como “plasmoides” – podem estar por trás de diversos avistamentos documentados no espaço, na atmosfera terrestre e no oceano. Essas estruturas pulsantes, autoluminosas e mutáveis são atraídas por atividades eletromagnéticas e exibem comportamentos complexos, como mudanças abruptas de direção, interseções, colisões e interações com aeronaves.
Os plasmoides foram observados seguindo ônibus espaciais, orbitando a Estação Espacial Internacional (ISS) e a estação espacial MIR, além de penetrar em tempestades, o que sugere uma possível conexão com correntes elétricas atmosféricas e o comportamento energético do planeta. A pesquisa aponta ainda que essas formas podem afetar negativamente sistemas eletrônicos e a atividade mental – possivelmente induzindo alucinações associadas a abduções alienígenas – além de interagir diretamente com aviões e embarcações, levando à hipótese de que plasmoides possam estar ligados a desastres aéreos inexplicáveis.
Embora os pesquisadores sugiram que os plasmoides podem explicar muitos relatos históricos e contemporâneos de UAPs – incluindo suas aparentes “brincadeiras” com aeronaves e batalhas aéreas –, eles reconhecem que nem todos os fenômenos podem ser interpretados dessa forma. A hipótese de que os plasmoides representem uma forma de vida senciente, pertencente a um “quarto domínio” biológico, é considerada, mas sem excluir a possibilidade de que outros UAPs sejam espaçonaves de origem extraterrestre.
CARACTERÍSTICAS, COMPORTAMENTOS E INTERAÇÕES
Os UAPs plasmoides descritos no artigo apresentam características altamente distintas, comportamentos intrigantes e interações complexas com o ambiente.
Características físicas: São entidades semelhantes ao plasma, autoiluminadas, pulsantes e formadas por cargas elétricas positivas, negativas ou neutras. Podem conter núcleos ou estruturas internas esféricas que se assemelham a ganglias ou plasmídeos de DNA.
Formas e tamanhos: Possuem uma ampla variedade de formas, incluindo globos, anéis, cones, cilindros, discos e formas que lembram “água-viva” ou “sprites”. Tamanhos registrados variam de 0,1 km² até 4 km².
Mudança de forma: Demonstram capacidade de mudar de forma e se dividir, criando novas plasmoides menores (processo semelhante à replicação).
Cores e iluminação: São autoiluminados, exibindo cores variáveis (azul, vermelho, verde, amarelo, etc.) e padrões pulsantes que podem ser influenciados por condições eletromagnéticas.
Velocidades e movimentação: Podem atingir velocidades extremas, como 28 km/s (100.800 km/h), com aceleração súbita ou movimentos bruscos, como giros de 90° e 180°.
Trajetórias: Realizam movimentos complexos, como seguir, perseguir, colidir, atravessar e interagir com outras plasmoides. Algumas aparecem estacionárias, enquanto outras se deslocam em formações organizadas, como “V”.
Interação com o meio ambiente: São fortemente atraídas por fenômenos eletromagnéticos, como tempestades, raios e distúrbios atmosféricos. Congregam-se acima de tempestades e descem para a atmosfera inferior ou para os oceanos.
Influência do meio: O comportamento dos plasmoides parece ser guiado pela interação com campos eletromagnéticos, incluindo carga separada entre a ionosfera (positiva) e a superfície da Terra (negativa). Ambientes eletricamente carregados, como tempestades, aumentam sua atividade. Frequentemente observados sobre o oceano, onde a turbulência e a água branca geram cargas positivas, atraindo-os.
Comportamentos complexos: Plasmoides frequentemente colidem e se fundem ou se dividem, sugerindo interações altamente organizadas. Após colisões, podem emergir novas entidades.
INTERAÇÕES COM AERONAVES E ESPAÇONAVES
O artigo descreve as interações intrigantes entre os UAPs plasmoides e veículos humanos, como espaçonaves, estações espaciais e aviões. Esses fenômenos luminosos, pulsantes e de comportamento complexo, têm sido observados em diversas situações que desafiam explicações convencionais.
Plasmoides foram registrados em várias missões espaciais, incluindo a era das missões Apollo e operações mais recentes envolvendo a Estação Espacial Internacional (ISS). Durante a missão Apollo 11, os astronautas relataram a presença de um objeto luminoso e pulsante que parecia acompanhar a espaçonave. Quando o objeto começou a se aproximar, as câmeras da NASA foram desligadas, o que impediu um registro mais detalhado. Situações semelhantes ocorreram em outras missões, sugerindo que esses fenômenos não são isolados. Na ISS e na estação russa MIR, plasmoides frequentemente foram vistos orbitando as estruturas, demonstrando comportamento que parecia intencional, como “inspecionar” o exterior das estações e, em alguns casos, aparentar observar pelas janelas. Alguns relatos indicam que essas entidades podem até mesmo penetrar no interior das estações, aproveitando-se de sua natureza física não sólida.
Astronautas também relataram experiências diretas com esses fenômenos. John Glenn, durante sua missão em 1962, descreveu pequenos objetos coloridos que brilhavam intensamente e orbitavam sua cápsula espacial. Ele enfatizou que esses fenômenos não eram alucinações, pois desapareciam quando fechava os olhos. Nas missões Apollo, foram observados flashes de luz no interior das cabines, assumindo formas como nuvens ou bolhas, e que não poderiam ser explicados por radiação cósmica ou fenômenos conhecidos. Esses eventos foram registrados em várias ocasiões, intrigando cientistas e tripulantes.
Além de sua presença visual, os plasmoides parecem causar efeitos físicos tangíveis. Há relatos de interferências em sistemas eletrônicos, como rádios e instrumentos de navegação, o que representa um risco potencial em ambientes críticos. Também foram descritos efeitos psicológicos nos astronautas, como confusão e desorientação, sugerindo que esses fenômenos podem impactar o funcionamento cerebral de maneiras ainda pouco compreendidas.
No contexto de aeronaves, os plasmoides também têm uma longa história de encontros registrados. Desde a Segunda Guerra Mundial, pilotos relataram a presença de bolas de luz, conhecidas como “foo fighters”, que seguiam suas aeronaves em altas velocidades, muitas vezes parecendo “brincar” ao redor dos aviões, desviando rapidamente antes de qualquer impacto. Embora geralmente não representassem uma ameaça direta, esses fenômenos levantaram preocupações devido à sua imprevisibilidade.
O artigo levanta a hipótese de que plasmoides possam estar envolvidos em desastres aéreos inexplicáveis. Um exemplo citado é o voo TWA 800 em 1996, cuja explosão foi atribuída a uma descarga elétrica desconhecida.
Outro exemplo citado é o voo MH370 do Boeing 777 da Malaysia Airline que em 8 de março de 2014, inexplicavelmente parou de se comunicar com os controladores de tráfego aéreo e desapareceu do radar de controle aéreo 39 minutos após deixar Kuala Lumpur a caminho de Pequim, mas então voou por horas fora do curso antes de desaparecer do radar. A última mensagem do piloto foi “Boa noite, Malaysian Three Seven Zero”. Minutos depois, o transponder do avião — um sistema de comunicação que transmite a localização do avião para o controle de tráfego aéreo — desligou. Os sistemas de radar e satélite militares, no entanto, continuaram a rastrear o avião que pareceu girar 180 graus e continuou a voar por horas, até que ele desapareceu; presumivelmente caindo no oceano quando ficou sem combustível.
Esses fenômenos, por sua natureza eletromagnética, podem interferir nos sistemas eletrônicos das aeronaves, levando a falhas que colocam vidas em risco. Além disso, fenômenos como o “Fogo de Santo Elmo” – descargas elétricas que criam luzes dançantes na fuselagem dos aviões – são mencionados como possíveis manifestações de plasmas que podem bloquear a visão do cockpit ou causar ruídos no rádio.
Alucinações eletromagnéticas e abduções alienígenas
O artigo explora a hipótese de que os plasmoides, devido às suas características eletromagnéticas, podem induzir alucinações e outros efeitos psicológicos que são frequentemente associados a abduções alienígenas. Essas entidades, descritas como fontes de intensa radiação eletromagnética, são conhecidas por interferir em sistemas eletrônicos e também afetar diretamente o funcionamento neurológico de pessoas próximas a elas.
A exposição a plasmoides, ou fenômenos similares a relâmpagos globulares, foi relatada como causa de desorientação, confusão mental e ilusões, incluindo a percepção de formas humanoides. Essas experiências são atribuídas a efeitos adversos da radiação eletromagnética nos lobos temporais do cérebro, que afetam estruturas como o hipocampo e a amígdala, áreas relacionadas à memória e emoções.
Casos de supostas abduções alienígenas também são discutidos no artigo. Muitas dessas experiências, segundo os autores, podem ser o resultado de pesadelos ou alucinações induzidas por campos eletromagnéticos intensos. Há relatos de testemunhas que acreditam ter tirado fotos de OVNIs ou alienígenas, mas ao revelarem os filmes, encontram apenas imagens de luzes brilhantes. Essa discrepância levanta a possibilidade de que as memórias de abduções sejam interpretações de eventos reais alterados por estados mentais induzidos pelos plasmoides.
Experimentos citados no estudo mostram que a exposição a campos magnéticos complexos pode produzir uma ampla gama de fenômenos alucinatórios, incluindo ouvir vozes ou ver aparições fantasmagóricas. Em contextos relacionados aos plasmoides, luzes pulsantes e campos eletromagnéticos intensos foram associados a fenômenos como sensação de levitação, despersonalização e experiências extracorpóreas. Em algumas situações, esses efeitos podem evoluir para narrativas que se alinham com a ideia de “abduções alienígenas”.
Por fim, o artigo sugere que, embora nem todas as alegações de abduções possam ser explicadas por esses mecanismos, é plausível que uma parcela significativa dos relatos tenha origem em interações humanas com plasmoides e seus efeitos eletromagnéticos. Isso aponta para a necessidade de maior estudo desses fenômenos para compreender seu impacto psicológico e neurológico.
Artigo aborda o Caso Aguadilla
O artigo aborda o intrigante caso envolvendo o UAP filmado por um avião da Alfândega dos Estados Unidos em Aguadilla, Porto Rico, no ano de 2013. Esse fenômeno, referido como “réplicon de metamorfo”, produzido pelo UAP, foi capturado enquanto este exibia um comportamento extraordinário, que incluiu mudanças constantes de forma e movimento, reforçando a complexidade e a imprevisibilidade desses fenômenos.
O objeto foi registrado enquanto sobrevoava o aeroporto de Aguadilla antes de se dirigir para o oceano. Durante o trajeto, o plasmoide mudou de forma repetidamente, um comportamento característico que sugere uma estrutura altamente instável ou adaptativa. Além disso, ele demonstrou a capacidade de se dividir, gerando outras formas similares, que pareciam interagir entre si. Essa replicação espontânea é um dos aspectos que diferenciam os plasmoides de outros tipos de UAPs, levando os pesquisadores a classificá-los como “réplicons”.
O comportamento do objeto chamou atenção não apenas por suas mudanças físicas, mas também pela interação com o ambiente. Ele cruzou o espaço aéreo em velocidades variadas, mantendo trajetórias erráticas que desafiavam os padrões esperados de qualquer tecnologia conhecida. Ao chegar ao oceano, o plasmoide continuou suas manobras, mergulhando e reaparecendo repetidamente na água, um comportamento que sugere uma interação deliberada ou adaptativa com o meio ambiente.
Esse avistamento foi registrado em vídeo infravermelho, o que permitiu observar detalhes das mudanças estruturais do objeto. As imagens mostram o plasmoide dividindo-se em múltiplas partes e retornando à sua forma inicial, em um processo que parece ser controlado ou intencional. Os pesquisadores do artigo destacam que esse nível de complexidade é raro e pode indicar que esses UAPs possuem algum tipo de inteligência ou capacidade de adaptação.
O Caso de Aguadilla foi investigado pela AARO, que negou sua natureza anômala.
Porém o artigo diz: “é óbvio que o objeto muda continuamente de forma (por exemplo, donut, anel, nuvem, estrela, bolha, coroa, quadrado, triangular, retangular, etc.) e, às vezes, tem um núcleo interno ou vazios, nenhum meio óbvio de propulsão, é autoiluminado e se divide em objetos secundários. Não é um pássaro ou um drone, e não pode ser feito de metal, plástico ou liga, a menos que seja de origem extraterrestre e baseado em tecnologias desconhecidas na Terra, ou seja, maquinário robótico extraterrestre empregando tecnologia de camuflagem furtiva”
Uma nova forma de vida senciente
Após análises, os pesquisadores descobriram comportamentos complexos que sugerem a possibilidade de uma nova forma de vida senciente. Os plasmoides, que exibem mudanças de forma, colisões, fusões e interações dinâmicas, foram observados em padrões que lembram comportamentos sociais complexos, como os de animais sociais. Apesar de evitar a antropomorfização — a tendência de atribuir características humanas a fenômenos não humanos — os cientistas destacam que as interações observadas, como caçar, seguir, e reagir de forma coordenada, indicam um grau de inteligência ou consciência.
Entre os exemplos de comportamentos complexos, está a interação entre plasmoides que se cruzam, se dividem ou se fundem, realizando ações que sugerem uma forma de “comunicação” ou “cooperação” entre eles. Um incidente notável foi filmado pela NASA, onde plasmoides nucleados se interceptam, demonstrando uma coordenação precisa em um curto espaço de tempo. Além disso, relatos de astronautas e pilotos de aviões sugerem que esses plasmoides podem exibir comportamento observacional, imitação e até mesmo curiosidade, o que reforça a ideia de que poderiam ser entidades sencientes.
Os pesquisadores levantam a hipótese de que esses plasmoides representem uma quarta forma de vida, com níveis de inteligência que variam desde formas simples, como algas, até níveis mais complexos, semelhantes a insetos ou até mamíferos. Contudo, há também a possibilidade de que alguns desses comportamentos possam ser explicados por fenômenos eletromagnéticos, sem a necessidade de atribuir-lhes consciência.
Além disso, algumas observações revelaram a presença de esferas brilhantes dentro dos plasmoides, que podem ser interpretadas como estruturas neurais, semelhantes ao sistema nervoso de certos organismos, o que adiciona mais mistério sobre a natureza desses seres.
Na conclusão, os pesquisadores dizem que:
“Acreditamos que plasmoides que chegam à termosfera de locais desconhecidos devem ser descritos como ‘extraterrestres’. Também acreditamos que o plasma que desceu para a atmosfera inferior tem sido observado por milhares de anos e que os plasmoides são responsáveis por muitas, mas não todas as observações de UAPs, incluindo aquelas que se acredita terem ‘lutado’ por cidades no passado recente e antigo.
Embora ainda seja cedo para confirmar se os plasmoides são verdadeiramente sencientes, os pesquisadores seguem investigando esse fenômeno fascinante, que poderia representar uma nova forma de vida inteligente e totalmente alienígena.