Um mapa mostrando a Linha Ley de St. Michaels. Crédito da imagem: Wikimedia Commons. |
Na década de 1920, uma descoberta intrigante veio à luz, revelando que diversos locais antigos ao redor do mundo estavam misteriosamente alinhados. Sítios sagrados como Stonehenge, as pirâmides do Egito e a Grande Muralha da China formavam uma disposição linear. Foi o arqueólogo amador Alfred Watkins quem nomeou essas conexões de “linhas Ley”. Acredita-se que essas linhas sejam parte de uma suposta rede global de energias terrestres.
As linhas Ley, consideradas falhas lineares nas placas tectônicas da Terra, são reconhecidas pela ciência. Nos pontos de interseção, concentram-se energias que algumas pessoas afirmam sentir em seus corpos, chegando até mesmo a desmaiar devido à intensidade dessas ondas.
Os antigos sabiam sobre essa linha?
Muitas culturas antigas possuem mitos ou lendas sobre as linhas Ley. Darren Perks, um pesquisador investigativo, apontou que Stonehenge, por exemplo, está alinhado com outros marcos pré-históricos e religiosos, sugerindo uma rede de cerca de 30 km de extensão.
Embora algumas pessoas tenham pensado que os druidas britânicos tivessem descoberto essas linhas, é mais provável que os nativos americanos tenham chamado as linhas Ley de “linhas espirituais”, usando sua energia eletromagnética para se conectarem com os espíritos e projetando suas rodas medicinais ao longo dessas linhas imaginárias, considerando a trajetória linear e circular delas.
Qual era a fonte do conhecimento sobre essas linhas e suas energias? Segundo relatos, a origem desse entendimento remonta aos deuses celestiais.
Os chineses se referiam a essas conexões como “linhas do dragão”, uma vez que acreditavam que os deuses celestiais viajavam em dragões ao longo dessas trajetórias. Além disso, os povos aborígenes da Austrália as chamavam de “linhas dos sonhos” (ou Songlines), sustentando que o conhecimento lhes foi transmitido pelos deuses do céu.
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Outra teoria surpreendente ligada às linhas Ley sugere que elas podem emitir energia positiva ou negativa. BudgetAir.com escreve : “Pensa-se que a localização de locais sagrados em todo o mundo esteja interligada por estas linhas. Esses pontos de intersecção podem ser positivos – espiralando para cima, no sentido horário ou negativos – espiralando para baixo no sentido anti-horário.
Um vórtice positivo pode ser encontrado quando as Linhas Ley se encontram num ângulo de 90 graus – acredita-se que estes locais promovem uma boa saúde e um estado mental pacífico. Em contraste, quando ocorre um vórtice negativo e desequilibrado, diz-se que as linhas se cruzam de forma menos positiva. Acredita-se que essas linhas de energia negativa drenam e podem causar problemas de saúde mental, emocional, energética e física.
Relação com OVNIs
Há a convicção de que os OVNIs têm um interesse nessas linhas ley, o que desperta o interesse de pesquisadores que se dedicam a esse fenômeno. Segundo Darren Perks, essas linhas poderiam representar pontos de recarga para OVNIs ou naves extraterrestres. Ele propõe que esses visitantes utilizam energia eletromagnética e giroscópios para abastecer suas embarcações e navegar através dos campos magnéticos terrestres.
O Círculo de Pedras de Fold Mitchell, além de ser um local associado a atividades de OVNIs, também é conhecido por casos de mutilação de animais. Acredita-se que esse círculo tenha sido erguido há mais de 3.000 anos a.C., o que o torna substancialmente mais antigo do que Stonehenge.
O lado oeste de Mitchell’s Fold. Crédito da imagem: Wikimedia Commons. |
A relação entre linhas ley, energias terrestres desconhecidas e OVNIs foi inicialmente proposta por John Anthony Dunkin (Tony) Wedd (1919-1980). Ele descobriu essa conexão após ler a tradução em inglês de “Lueurs sur les Soucoupes Volantes” (MAME, 1954) de Aimé Michel (1919-1992). Michel introduziu a ideia de que locais franceses de avistamento ou aproximação de OVNIs em 1954 caíram em um padrão de linhas retas, que ele chamou de ‘ortotenias’. Não há indícios de que Michel estivesse ciente das linhas ley de Watkins, portanto, Wedd parece ter sido o primeiro a perceber uma possível ligação. Buck Nelson (1894-1982), em “Minha Viagem a Marte” (1956), alegou ter sido abduzido por OVNIs e afirmou que foi ensinado como essas naves seguem as correntes magnéticas da Terra. Wedd concluiu que as ortotenias de Michel e as correntes magnéticas de Nelson estavam relacionadas com as leys de Watkins.
No livreto de 1961 de Wedd, intitulado “Skyways and Landmarks”, ele propôs pela primeira vez a ideia de que os ocupantes de OVNIs usavam as linhas ley para navegar. Como muitos outros na área de estudos de OVNIs naquela época, Wedd fundou uma organização chamada “The Star Fellowship”, que almejava estabelecer um contato pacífico com os ocupantes dos OVNIs. A vidente Mary Long, membro da irmandade, começou a mencionar linhas de força e pontos nodais, incentivando outros membros a procurarem as linhas ley.
Outra indicação da possível relação entre linhas ley e o fenômeno OVNI é que a maioria dos casos de avistamentos e abduções ocorreu próximos a essas linhas. De acordo com um artigo na revista “UFO Encounters”, em “The Yorkshire Triangle”, OVNIs e atividades paranormais eram mais frequentes onde as linhas ley formavam um triângulo equilátero perfeito. Parecia que a atividade era atraída para as linhas ley da mesma forma que um ímã é atraído pelo metal.