Um interessante Caso de Contato de 3° Grau ocorrido aqui no Brasil. Se destacando pelo avistamento não de um, mas quatro objetos diferentes, algo que talvez o torne único.
Hoje em dia negado pelo seu principal pesquisador, o polêmico Ubirajara. Mesmo assim o caso se consagra como um dos mais importantes da ufologia brasileira.
Esse importante caso da Ufologia Brasileira ocorreu em Baependi, sul de Minas Gerais, em 16 de maio de 1979. Nesta data, o agricultor Arlindo Gabriel dos Santos observou e fotografou o pouso de três objetos voadores estranhos, além de testemunhar o pouso de um quarto objeto de maiores dimensões, tripulado.
O Caso do Embornal, ou Caso Baependi, é fortemente apoiado em evidências, se tornando um clássico, e ainda hoje é objeto de estudos da Ufologia.
O episódio
O Caso do Embornal, ocorreu no alto da Serra do Alegre, no município de Baependi, sul de Minas Gerais. Nessa região morava o fazendeiro Arlindo Gabriel dos Santos e sua família.
Em 16 de maio de 1979, por volta das 8 horas da manhã, Arlindo saiu com mais dois amigos para caçar no alto da serra. Na ocasião ele portava uma espingarda calibre 28, um revólver calibre 32, uma máquina fotográfica Tuca e um embornal de pano com alimentos. Por volta das 16 horas, os três amigos encontravam-se em bosque existente em um planalto situado a três quilômetros da fazenda Sobrado, onde Arlindo morava.
Desenho de Jairo, irmão de Arlindo. Mapa da região com os dados referentes ao episódio, assinalando os locais de onde foram batidas as fotos. [crédito da imagem: Boletim 132/135 – SBEDV] |
Eles resolveram separar-se para cobrir melhor o terreno. Arlindo atravessou uma grota e saiu em um descampado. Logo em seguida ele observou um objeto descer muito rapidamente do céu. O aparelho desceu atrás de uma crista, a uns 500 metros de distância de sua posição.
Curioso, Arlindo dirigiu-se ao local para observar melhor. Ele caminhou aproximadamente 300 metros, e logo pôde observar um objeto parado no chão. Ele tinha formato cilíndrico e cor amarela. Tinha uma altura estimada de 1,5 m e largura aproximada de 50 centímetros. Este cilindro apoiava-se em uma base escura um pouco mais larga. No topo do objeto havia uma esfera, com o mesmo diâmetro do cilindro, que piscava alternando entre as cores vermelha e branca. Próximo à esfera havia duas hastes, como braços ou asas, de cor mais escura.
Representação do primeiro objeto observado por Arlindo feita pela Rede Globo especial para o Globo Repórter, em 1993. |
Arlindo Gabriel permaneceu observando o aparelho por dois ou 3 minutos, quando então lembrou-se que portava sua máquina fotográfica. Ele a apanhou e obteve duas fotografias do objeto. Devido à distância em que se encontrava, e ao fundo escuro da paisagem, o objeto é visível na fotografia como uma mancha branca.
Arlindo deixou de observar o objeto momentaneamente. Ao tentar fotografar novamente o objeto percebeu que este tinha desaparecido misteriosa e silenciosamente. Então o fazendeiro resolveu investigar o lugar, caminhando até o local. Ele percorreu um trecho aproximado de 50 metros quando observou outro objeto que desceu e fincou-se ao chão, a uma distância de 46 metros da testemunha. Este aparelho tinha o formato ovoide, com um diâmetro longitudinal de aproximadamente 1 metro. Estava em posição vertical e apresentava, na sua parte inferior, uma haste com uns 20 centímetros de comprimento.
Na ponta desta haste havia uma espécie de espada, de cor avermelhada, que se fincou na terra. Na parte superior deste objeto havia um cilindro curto, com aproximadamente cinco centímetros de diâmetro. Sobre o cilindro girava lentamente uma hélice (em sentido anti-horário). Esta hélice era formada por uma roda, de aproximadamente 50 centímetros de diâmetro, que apresentava quatro hastes equidistantes. As hastes achavam-se fixadas em um angulo de 45 graus, inclinando-se no sentido da rotação da roda.
Arlindo fotografou este novo objeto e enquanto preparava a câmera para obter nova fotografia ele ouviu um chiado, vindo do objeto. Ao olhar ele percebeu que no local onde o objeto estava havia agora uma fumaça muito branca e densa, com dimensões superiores ao do objeto observado. Arlindo fotografou a nuvem, que se dissipou rapidamente não havendo tempo hábil para uma nova fotografia. Ao dissipar-se a nuvem, o objeto havia desaparecido.
Representação do segundo objeto observado por Arlindo feita pela Rede Globo especial para o Globo Repórter, em 1993. |
Fotografia da estranha fumaça branca que surgiu no local de observação do segundo objeto observado por Arlindo. |
Intrigado com o que acabava de presenciar, Arlindo resolveu procurar seus companheiros para comentar os fatos. Então ele seguiu à direita do descampado. Mal caminhou 10 metros e observou um terceiro objeto, que pousava a uns 80 metros de distância da testemunha. Este novo objeto, que pousou com certa força no chão, tinha a forma de um barril, com aproximadamente 1 metro de altura. Era listrado em vermelho e branco, tendo o topo e a base, algo em torno de 20 ou 30 centímetros de diâmetro.
A base estava assentada em um cilindro escuro, com aproximadamente 25 centímetros de altura por 15 centímetros de diâmetro. Na parte superior do cilindro, na posição horizontal, havia uma hélice que girava lentamente, em sentido anti-horário. Tal aparelho balançava da esquerda para a direita, sobre a base, como se fosse cair. Após o objeto parar estático no solo a hélice também parou de movimentar-se. O corpo do objeto apresentava um movimento curioso, aumentando e diminuindo ritimadamente a parte mais larga de seu corpo, lembrando movimentos respiratórios. Arlindo fotografou este novo objeto por três vezes. A primeira mostrando o objeto em seus últimos movimentos. A segunda e a terceira fotografia mostrando o objeto já estático no solo. O tempo entre uma fotografia e outra foi de aproximadamente 1 minuto e meio.
Ampliação da fotografia do terceiro objeto observado por Arlindo Gabriel. [crédido da imagem: Rede Globo e Ubirajara Franco Rodrigues] |
Representação do terceiro objeto observado por Arlindo. |
Arlindo resolveu buscar seus companheiros, se afastando do local. Ele havia caminhado aproximadamente 10 metros, quando ouviu um barulho estranho, definido por ele como o de um motor afogado. Ao olhar na direção do som, avistou um objeto bem maior do que os anteriores que desceu 10 metros à direita do 3° objeto.
Este novo objeto tinha cor cinza e formato oval, tendo entre 10 e 12 metros de diâmetro. Na lateral do objeto havia uma estrutura, semelhante a uma nadadeira. Havia também dois objetos, quadrados, de cor escura, com 50 cm de lado, que Arlindo interpretou como sendo janelas. O aparelho tinha aproximadamente 8 metros de altura, com uma haste comprida na parte superior.
Arlindo havia fotografado os objetos anteriores e sacou a máquina para fotografar este quarto objeto. No momento em que apontou sua câmera o objeto emitiu uma luz intensa que ofuscou sua vista, deixando-o atordoado. Assustado ele correu, ainda com a vista ofuscada, na tentativa de se afastar do objeto. Seu medo era tanto que nem pegou o boné e o embornal que ele havia soltado para fotografar o objeto. Nesta corrida, Arlindo pôde dar apenas alguns poucos passos. De alguma forma ele se sentiu paralisado, e assim ficou por quase um minuto. Sua visão foi voltando aos poucos e logo sentiu algo segurando seus braços. Logo percebeu que eram dois homens, baixos (aprox. 1 metro de altura), que o agarraram firmemente pelos braços. Assustado, Arlindo falou:
“Me soltem, pelo amor de Deus”.
Nisso, o homem à sua direita respondeu?
“Em Deus nós todos somos irmãos. Nós não fazemos mal a ninguém. Queremos apenas uma informação sua”.
Em seguida os tripulantes levaram Arlindo para o objeto ovoide, pousado a uns 100 metros de distância. Eles pararam a uma distância de 4 metros do objeto. Nas proximidades do objeto, Arlindo sentiu frio. No alto da escadinha havia um terceiro tripulante, semelhante aos dois primeiros que se comunicou com uma voz grossa, perguntando-o se ele havia visto uma Zurca. Arlindo responde que não sabia o que era isso. Em resposta o tripulante afirma que Zurca era um aparelho que eles “transmitiram de lá para cá”, em comunicação, como todos os aparelhos da Terra. Ele falou, ainda, que tal aparelho tomou contato com uma “Linha Universal” que teria queimado “a linha de transmissão e que havia desregulado o motor de montagem e havia descido na Terra”.
Arlindo então perguntou:
– “De onde são vocês?”
Em resposta o tripulante respondeu:
– “Nós somos do lado de uma costa. Você tem estudo, tem inteligência?”
Arlindo respondeu negativamente. Diante de tal resposta, o tripulante estendeu a mão a Arlindo, ajudando-o a entrar no aparelho. Após subir os quatro degraus da escada, Arlindo viu-se dentro de uma sala circular, com 7 metros de diâmetro, aproximadamente. No piso havia uma abertura na parte central, por onde Arlindo entrou. Após Arlindo, os dois tripulantes que o capturaram entraram no objeto e fecharam a porta. O teto da sala era em forma de cúpula, com aproximadamente 7 metros de altura. No centro da cúpula havia uma lâmpada muito forte. Nas paredes haviam lâmpadas pequenas que acendiam e apagavam continuamente. Havia também, um grande indicador, semelhante a um medidor de voltagem, com mostrador.
Nesta sala havia um aparelho, com numerosas teclas. À frente deste equipamento havia duas cadeiras ocupadas por dois tripulantes que operavam o aparelho produzindo um som de tec, tec, tec (conforme descrição de Arlindo). Estes seres também utilizavam uniformes e capacete. Com a entrada de Arlindo nesta sala, estes seres levantaram-se e conversaram entre si numa linguagem desconhecida para Arlindo. Em seguida, surgiu vinda de um corredor lateral, um novo tripulante, sem capacete e aparentemente do sexo feminino, que se dirigiu aos tripulantes com quem conversou, utilizando a mesma estranha linguagem.
Representação do interior do objeto ao qual Arlindo foi levado. Feito pela Rede Globo especial para o Globo Repórter, em 1993. |
Após algum tempo, a tripulante seguiu em direção ao corredor. Um dos tripulantes que havia capturado Arlindo colocou a mão em seu ombro indicando para que seguisse a tripulante. Arlindo, escoltado por dois tripulantes, seguiu a moça através de um pequeno corredor. Eles entraram em uma pequena sala onde havia um pequeno aparelho que Arlindo descreveu como semelhante a uma geladeira, tendo 3 metros de comprimento por 1,5m de altura.
Na metade superior deste aparelho havia duas telas de formato circular. Um dos tripulantes acionou um mecanismo à esquerda das telas que se acenderam. A jovem tripulante, com o auxílio de uma espécie de varinha, explicou a Arlindo o que era projetado nas telas. Ela mostrou a Terra, o Sol e a Lua, sempre explicando o que era sempre observado. Em dado momento, surgiu na tela uma “mancha”, cor de prata amarelada, de contorno irregular. A tripulante explicou assim o que era projetado:
– “Aqui é onde nós estamos. Nós viemos aqui e voltamos em poucas horas, mas é de acordo com a rotação da Terra, entre a sua própria Lua e o seu próprio Sol”.
Arlindo Gabriel estimou que estas explicações duraram aproximadamente 5 minutos. Um detalhe curioso, observado por Arlindo, é o fato de que não havia sincronia entre o que era falado e o que era ouvido, ou seja, o movimento labial dos tripulantes não correspondia ao som ouvido. Na maioria das vezes, os tripulantes apenas abriam um pouco a boca, ao falar. Outro detalhe curioso, é que ao falar o som não parecia vir da boca dos tripulantes, e sim do ambiente ao redor.
Ao final da pequena explanação, um dos tripulantes retirou o capacete, desconectando inicialmente a tubulação ligada ao elmo. Este tripulante era semelhante à jovem tripulante que se comunicou com Arlindo. Ele então falou:
– “Nós somos de uma só matéria, igual à de você Arlindo, do mesmo sangue, e vivemos do mesmo trabalho. Daqui a pouco teremos transmissão”.
Após isso, Arlindo foi levado de volta à entrada da nave. Os tripulantes recomendaram:
– “Desça e siga à vista, porque o aparelho condena a visão”.
Arlindo seguiu a recomendação, caminhou, sem olhar para o disco, por uns 200 metros, tendo sua espingarda ainda pendurada no ombro, tendo seu revólver preso na cinta, à direita. Ele caminhou com dificuldade, sentindo seus ombros um pouco presos.
Após Arlindo caminhar aproximadamente 200 metros, seus movimentos voltaram ao normal. Ele então correu aproximadamente 300 metros, chamando pelos companheiros; que se encontravam ainda a uns 300 metros de distância.
Durante aproximadamente 20 minutos não conseguiu descrever o que havia acontecido. Ele sentia sede intensa, e acabou por beber aproximadamente 1 litro de água em uma fonte natural nas proximidades. Em seguida, ele relatou o episódio para seus companheiros, omitindo o contato com os tripulantes e a entrada no aparelho.
Todos voltaram ao local do pouso dos objetos, encontrando as várias marcas deixadas. O 2° objeto observado, que se transformou em uma espécie de fumaça branca, deixou uma marca circular, de capim queimado. Havia também uma marca deixada pelo objeto em forma de “piorra” e as marcas do trem de pouso do objeto tripulado. Eles procuraram exaustivamente o embornal onde Arlindo havia deixado. Como não o encontraram voltaram para casa.
Fotografia de uma das marcas produzidas pelo UFO tripulado. |
Ao chegar em casa, a esposa de Arlindo, D. Terezinha da Silva Santos, constatou que os olhos da testemunha estavam avermelhados. Nos três dias seguintes, Arlindo sentiu dor de cabeça e seus olhos ficaram inchados. Além disso, Arlindo sofreu desânimo por alguns dias, sem alteração de apetite ou em seu sono regular.
Na mesma noite em que ocorreu o contato, Arlindo recebeu a visita de seu irmão, Jairo Esaú dos Santos, na ocasião com 54 anos. Este constatou os olhos avermelhados de Arlindo e seu aparente desânimo. O protagonista relatou o episódio, omitindo o encontro com os tripulantes.
Arlindo Gabriel dos Santos, protagonista do caso. |
Em 14 de julho, Arlindo, seus companheiros de caçada voltaram ao local onde ocorreu o contato. Um dos ufólogos encontrou o embornal perdido de Arlindo. Este estava coberto de desenhos e inscrições.
O embornal de pano
Um dos detalhes mais polêmicos do Caso Baependi é embornal de pano, perdido por Arlindo Gabriel durante o contato, e reencontrado tempos depois durante investigações no local do pouso dos objetos. Quando perdido, o embornal continha frutas que a testemunha levou para alimentar-se durante a caçada. Ao ser encontrado, ele estava vazio, danificado, tendo em uma das faces externas coberto por inscrições e quatro desenhos. As investigações sobre o embornal continuaram por anos a fio, sendo que alguns dados interessantes puderam ser obtidos.
A primeira destas descobertas foi a notável semelhança entre caracteres estampados no pano e caracteres do hebraico antigo. Inclusive, existiam trechos inteiros idênticos à trechos encontrados nos Pergaminhos de Qunram, descobertos nas imediações do Mar Morto. Em 4 de dezembro de 1979, a pesquisadora Paullete Gustin enviou uma carta à ufóloga Irene Granchi, solicitando uma fotografia nítida do embornal e seus caracteres.
Embornal de pano que Arlindo carregava no dia do incidente. |
Ela tinha um bom conhecimento sobre os manuscritos do Mar Morto e conhecida alguns pesquisadores dos pergaminhos. Dona Irene enviou a fotografia à estudiosa que repassou aos pesquisadores de Jerusalém, sem mencionar que eles estavam ligados a um caso ufológico. Algum tempo depois eles solicitaram mais dados, como origem da peça, medidas, etc, e a partir daí não houve qualquer retorno positivo ou negativo sobre as investigações.
Coube a estudiosos independentes a continuidade dos estudos e à divulgação dos mesmos. Assim foi possível identificar similaridades e padrões linguísticos interessantes. Os 146 caracteres estão divididos em 10 linhas. As ultimas linhas estão mais borradas que a primeira, dificultando o trabalho de análise. No total, foram identificados plenamente 110 caracteres, ou seja, 75% do total da mensagem.
No centro das inscrições estão inseridos quatro desenhos: semelhante a um chapéu, um travessão diagonal, um retângulo e um hexágono. Paulo Stekel, ufólogo e estudioso de línguas antigas, em artigo para a Revista UFO, edição 37, de abril de 1995, cita que existe uma semelhança entre estes caracteres com escrita fenícia, aramaica, hebraica e egípcia. Ele cita, também, que sua característica fonética remete ao sânscrito, demonstrando que a linguagem do embornal é de natureza eclética, com características consonantais do hebraico, e um estilo cursivo da escrita egípcia hierática e demótica, tendo a riqueza fonética do sânscrito.
Quanto aos quatro desenhos, não se tem uma certeza definitiva sobre seu significado. Partindo hipoteticamente pelo lado simbólico, o travessão e o chapéu seriam alusões a dois tipos de aparelhos não identificados, catalogados pela Ufologia. O terceiro símbolo, do ponto de vista cabalístico, representa a autoridade e a confiança em valores estabelecidos. O quarto símbolo representaria, segundo Stekel, a relação do homem com o cosmo e a fraternidade universal.
No texto, propriamente dito, as ultimas quatro palavras (que compõem a ultima linha) não puderam ser identificadas corretamente. Das 66 palavras presentes no texto, apenas 18 não puderam ser traduzidas, não impedindo, entretanto, captar a o sentido geral da mensagem do texto. A mensagem original pode ser conferida no quadro 1, abaixo:
Quadro 1 – Texto impresso pelos tripulantes do objeto relatado no Caso, em idioma hebraico
( 1 ) Ros tsaq deshe’ bu (to)m po’
( 2 ) R****** laphí saz ioph tath hu’
( 3 ) G(one)n ****** laph sahv’ag tsan kaq ganô
( 4 ) T ****** íy *** u t *** ‘al-m(ah) kageh
( 5 ) ‘an lakthi tso
( 6 ) pag (ie) sh paz gag tash d(êah)
( 7 ) Doph (‘a)z kats nal geh luv taz
( 8 ) P *** z ****** (ko)l geza’ ut koah
( 9 ) ****** u * ‘(ets) paz d ********* liy bal
( 10 ) *** h ****** zol (za) g ********* th e *** z ***
Cada sinal * representa um caracter ou figura que não pôde ser identificada por estar borrado.
Com base na mensagem original, Paulo fez uma tradução literal, na medida do possível, para a mensagem do pano, que pode ser conferida do quadro 2, abaixo:
Quadro 2 – Tradução literal da mensagem no embornal do abduzido mineiro Arlindo Gabriel
(1) Umedeça aquele que oprime a erva nova, faça-a nascer, para que esteja concluída e domine a matéria
(2) (…) o que vem da palavra realize o destino da beleza que conserva perfeita a ele
(3) aquele que protege (…) palavra inútil e impura, tem um escudo que reforça seu jardim
(4) (…) ruína (…) sobre o que? Sobre a força natural da vida
(5) agora é o momento para o que vem da evolução da forma e da consciência ordinária
(6) a consciência natural existe como “ouro puro”, como a “chapa superior”, como a síntese da existência e do conhecimento.
(7) Defeito violento é a força da consciência objetiva, movimento evolutivo que isto é, sem nenhum amor, apenas para conservar o domínio
(8) (…) cada rebento possui um sublime poder
(9) árvore de “ouro puro” (…) dissolução do mal
(10) seja uma insignificante semente (…)
Outro pesquisador, Ricardo Ferreira Arantes, tentou traduzir a mensagem obtida no pano. Ele utilizou uma técnica diferente da utilizada por Paulo Stekel, na qual ele inverteu as inscrições em 180° e espelhou-as, supondo que tal imagem poderia ser impressa invertida no pano, sendo somente observada corretamente através de um espelho. Arantes identificou outra mensagem embutida no embornal, diferente da obtida por Stekel. Sua essencia, entretanto, permanece a mesma:
“(O) quando está determinado; Calamidades 06 vezes; Vermelho desolado; Nem a beleza das terras mais longínquas será preservada na nuvem; Escutai mensageiro, a dor (dos que foram) destruídos pelo clarão; Livrai-nos da maldição (de ter) o corpo consumido; Fazei saber (que) a ira de Deus cresce e se aproxima silenciosamente”.
O ufólogo Walter Buller, no Boletim da SBEDV, edição 132/135, de agosto de 1980, cita um outro caso, ocorrido em 1958, em São Paulo. No caso Luiz Henrique, os ufonautas entregaram ao protagonista do caso, Luiz Henrique uma mensagem escrita em caracteres na época desconhecidos dizendo: “Um homem da Terra deverá decifrá-la e quando isto for conseguido, saberão o que fazer”. Com o surgimento do Embornal percebeu-se uma semelhança com os caracteres da mensagem entregue à Luiz Henrique. Entretanto, uma análise mais aprofundada nunca foi realizada.
Os tripulantes do OVNI
Um dos detalhes mais interessantes dos casos ufológicos de grau elevado é referente ao aspecto fisico-comportamental dos tripulantes dos aparelhos. O Caso do Embornal não é diferente neste aspecto, pois Arlindo foi levado para dentro do objeto e manteve um contato amigável com os tripulantes. Ao todo, Arlindo avistou 6 tripulantes distintos, sendo 5 aparentemente masculinos e uma tripulante do sexo feminino.
Todos os tripulantes eram baixos, com 1 metro e meio de altura, aproximadamente. Todos os cinco tripulantes masculino vestiam um uniforme inteiriço, de cor escura, com capacete transparente que deixava o rosto à mostra. Em todos os trajes havia um pequeno recipiente oval preso por tiras inferiores e laterais, e um tubo saindo deste e conectado ao capacete. Suas mãos eram cobertas com uma espécie de luvas, da mesma cor do restante do uniforme. Nos pés, havia um sapato sem salto, ligado ao uniforme.
Os dois primeiros tripulantes com os quais Arlindo teve contato, demonstraram ter uma força considerável, ao agarrar os braços da testemunha. Após rápida comunicação ele foi levado em direção ao aparelho. Antes de entrar no aparelho ele conversou rapidamente com um terceiro tripulante que usava o mesmo tipo de vestimenta. Em gesto cordial estendeu a mão à Arlindo ajudando-o à entrar no aparelho.
Chegada de Arlindo ao Disco Voador aterrisado. Retrado falado de Wilma Romito [crédito da imagem: Boletim 132/135 – SBEDV] |
Ao entrar no objeto, Arlindo encontra outros dois tripulantes que, sentados, operavam um equipamento semelhante a um computador. Estes se levantam com a entrada de Arlindo na sala e comunicaram-se entre si numa linguagem que Arlindo não entendeu. A testemunha descreveu que tal comunicação era mais semelhante a um chiado do que com uma conversa humana normal.
Pouco depois entrou no ambiente a tripulante do sexo feminino. Seu uniforme era semelhante ao dos outros tripulantes, mas de cor branca. Não usava capacete e seu aspecto físico era o de uma mulher terrestre comum, embora de pequena estatura (1,5 aprox.). Todos os tripulantes tinham crânio arredondado, com olhos grandes que se estendiam até a parte lateral do crânio. A raiz dos cabelos, curtos e em pé, começava logo acima dos olhos. Arlindo não viu sobrancelhas. Seu nariz era achatado e largo. A boca era grande, curvada para cima lateralmente, e com lábios finos. Os dentes não eram visíveis. Ao falar, os tripulantes entreabriam levemente a boca.
Retrato falado dos seres, relatado pelo protagonista do caso. Desenhado por Wilma Romito. |
O som decorrente era aparentemente sem sincronia com o movimento labial e ocorria em todo o ambiente, ao invés de vir de uma fonte localizada, no caso a boca do emissor. Isso sugere meios ou mecanismos auxiliares de comunicação. Walter Buller, ufólogo da SBEDV, sugere que tal meio seria de ordem telepática ou com tradutor eletrônico simultâneo.
As orelhas dos tripulantes eram pequenas, mais arredondadas do que as nossas e muito juntas à cabeça. No caso da tripulante fêmea, suas orelhas não eram visíveis, pois ela usava um aparelho semelhante à fones de ouvido, que cobriam seus ouvidos inteiramente, sendo apenas este aparelho perceptível entre seus cabelos (que caíam até os ombros).
Ufólogo que investigou, nega hoje o caso
Recentemente, o pesquisador do caso, o ufólogo Ubirajara Franco Rodrigues, assim como já havia dito em uma entrevista no ano de 2010, deixou de considerar o Caso Baepedi como um suposto legítimo caso real da ufologia.
Não deixando diretamente exposto o mesmo, quando questionado sobre algum caso que considerava autêntico e que hoje não considera mais, o ufólogo descreveu sem citar o nome, características do Caso Baepedi.
De qualquer maneira, O Caso do Embornal continua sendo um clássico da ufologia brasileira e dos mais importantes, tanto por suas características quanto por suas evidências físicas, assim também, como pela confiabilidade da testemunha e seu relato.
Abaixo deixo um vídeo com a matéria de 1993 do Globo Repórter sobre o caso. No vídeo também aparece o ufólogo Ubirajara Rodrigues falando sobre o ocorrido. No final do vídeo se encontra o depoimento do senhor Arlindo, contando e confirmando o incidente, 40 anos depois: