E que chovam as pedras… rs. Este é um tema delicado de abordar dentro da casuística ufológica. Mas o Ovniologia não surgiu para agradar ufólotras emocionados, pelo contrário, surgiu do desagrado com essa ufologia que aí está.
As nuvens são formações primárias naturais, e que sempre despertou a imaginação do ser humano em todas as eras.
A fascinação que temos pelas nuvens se dá por sua ligação direta com nossa história; elas fornecem sombra em um dia escaldante de sol, assim como água que rega nossas plantações. Mas também é de dentro delas que surgem os assustadores raios, relâmpagos e trovões.
Quando éramos crianças, brincávamos de enxergar animais e objetos do nosso cotidiano em suas formas e desenhos. Hoje, brincamos de enxergar algo mais sério e até assustador: OVNIs.
“NuvOVNIs”
De acordo com o site Brasil escola, as nuvens são aglomerados de gotículas de água e pequenos cristais de gelo em suspensão no ar. Sua formação constitui uma importante etapa do ciclo hidrológico, e acontece quando o vapor d’água ascende na atmosfera e condensa devido às baixas temperaturas.
Existem nuvens de vários tamanhos e formatos, sendo classificadas de acordo com a sua altitude e aparência.
Entre os mais de 80 tipos classificados pelo Atlas Internacional das Nuvens, existem algumas extremamente raras e que só se formam em condições bem específicas.
Nuvens lenticulares também conhecidas como Altocumulus Standing Lenticular (ASL) foram confundidas com OVNIs ao longo da história e é fácil perceber porquê. As formações de nuvens são normalmente lisas e em forma de lente – muito semelhantes a um disco voador – mas às vezes podem ser dispostas em camadas como uma pilha de panquecas ou ocorrer lado a lado.
Nuvens lenticulares não são uma ocorrência rara. Eles foram vistos em todos os continentes do mundo e geralmente se formam perto de regiões montanhosas.
Esse tipo de nuvem bela e surpreendente é também um dos tipos que podem facilmente ser associados a algum OVNI.
A supercélula é uma tempestade aliada a um mesociclone, quando uma corrente de ar circula dentro da nuvem.
O fenômeno das supercélulas são os menos comuns entre as tempestades, porém podem durar várias horas, causando fortes danos, como ventos e granizo. Este tipo de tempestade é considerado um dos mais severos pelos meteorologistas.
Uma Nave Mãe? O fenômeno é velho conhecido dos meteorologistas: se chama shelf cloud (ou “nuvem de prateleira”) e, na maioria dos casos, antecede uma tempestade.
Esse tipo de nuvem é geralmente curvo ou semicircular e possui várias “camadas” na direção horizontal — como se fosse uma prateleira — que são formadas quando uma camada de ar mais quente se sobressai sobre uma camada de ar mais frio. Apesar da aparência apocalíptica, o evento não produz tornados ou ciclones, mas pode provocar fortes rajadas de vento.
Talvez, esse tipo de nuvem, dentre os exóticos, seja a mais bonita e incógnita para nós.
A nuvem iridescente é um fenômeno relativamente raro que ocorre quando a luz contorna um obstáculo, ou seja, uma nuvem, e acaba se separando em cores; fenômeno este denominado difração. É comum que este fenômeno seja precedente a tempestades. É considerado um tipo de arco-íris de fogo.
A nuvem hole punch cloud ou nuvem perfurada é um fenômeno meteorológico que ocorre quando a temperatura da água nas nuvens é menor que zero, durante a formação de gelo, quando as gotas ao redor evaporam e deixam um grande buraco na nuvem.
O Atlas Internacional de Nuvens da Organização Meteorológica Mundial (OMM) define uma nuvem Pileus como “nuvem acessória de pequena extensão horizontal, em forma de gorro ou capuz acima do topo ou presa à parte superior de uma nuvem cumuliforme que muitas vezes a penetra. Vários píleos podem ser observados com bastante frequência em superposição. Ocorre principalmente com Cumulus e Cumulonimbus”.
Para quem não sabe, existe o site oficial do Atlas Internacional de Nuvens da Organização Meteorológica Mundial (OMM). Este Atlas descreve o sistema de classificação de nuvens e fenómenos meteorológicos utilizado por todos os membros da OMM.
Aqui nessa matéria apresentei apenas alguns tipos de nuvens que possuem uma característica discoidal e que são imaginadas e atribuídas como sendo possíveis UFOs. No site Ufologia Integral Brasil, vocês podem encontrar também uma excelente e completa matéria sobre nuvens exóticas que são atribuídas erroneamente a UFOs.
Mas calma lá
Querendo ou não, aceitando ou não, sabemos que as nuvens são fenômenos naturais; as conhecemos e as catalogamos. No entanto, parece não ser possível ignorar a aproximação e a correlação entre o fenômeno OVNI e nuvens. Sim, muitos são os testemunhos e relatos de pessoas que observam OVNIs saindo e entrando de formações de nuvens e até mesmo transmutando-se em uma e vice-versa.
Como explorar isso de forma racional sem atribuir às formações naturais, manifestações anômalas?
Parece não ser necessariamente possível.
A principal razão pela qual tendemos a não confrontar a evidência de que os OVNIs se camuflam com nuvens geradas artificialmente é que as implicações são enormes. Sentimos que neste caminho reside a loucura; devemos começar a questionar a legitimidade de todas as nuvens no céu? Estamos sendo monitorados por trás daquela nuvem voando baixo? Caramba, aposto que eles também podem me monitorar daquela nuvem alta. Nossa, as nuvens estão por todo lado esta manhã, corra para salvar suas vidas!
As capacidades militares não são bloqueadas por uma mera nuvem e, portanto, obviamente, um OVNI atrás de uma nuvem serve para se manter escondidos do conhecimento das pessoas comuns, e não do governo e dos militares.
É chato, para dizer o mínimo, e se alguém tem medo, isso é assustador. No entanto, lembre-se, os ocupantes de alguns OVNIs parecem demonstrar interesse apenas na natureza da terra, no solo, na vegetação, nos animais, em nós. E não estão muito se importando com o resto das questões e implicações.
Dentro da casuística ufológica, temos um famoso caso italiano conhecido por todos: o Caso Pier Fortunato Zanfretta.
O Caso Zanffreta possui elementos relativamente comuns de abduções alienígenas, como, por exemplo, o fato de ter sido abduzido várias vezes. Mas também inclui elementos incomuns, sendo um deles as nuvens.
Os seres que abduziram Zanffreta eram gigantes, com três metros de altura e aparência bizarra, utilizando naves triangulares. O que chama a atenção é o uso de nuvens por parte desses seres durante seus raptos.
Na quarta abdução, enquanto quatro policiais tentavam localizá-lo, avistaram um OVNI no céu. O objeto encontrava-se sobre as colinas próximas. De repente, duas luzes apareceram de uma grande nuvem sobre eles, aproximando-se e posicionando-se subitamente sobre os quatro homens.
O Tenente Cassiba reagiu sacando sua arma regulamentar e disparando contra o OVNI. As luzes se apagaram, e a nuvem se desvaneceu gradualmente.
Em outra situação, já envolvendo diretamente Zanfretta, ele ouviu alguém chamando-o das sombras e decidiu se aproximar para averiguar. O dono dessa voz ordenou que ele saísse dali e conduzisse seu veículo para uma pequena nuvem. Não lhe restou outra alternativa senão obedecer. Ato seguinte, e esta é a parte mais incrível, seu veículo teria sido arrebatado dentro da nuvem por uma nave.
Portanto, falando em termos de casuística, os OVNIs podem, de fato, usar as nuvens como método de camuflagem para nós, especificamente.
Filmagens não representam tecnicamente um prova inquestionável, para quase tudo, e principalmente no ramo ufológico.
Sabemos da dificuldade em conseguir filmagens verídicas, especialmente com a crescente ascensão da IA. No entanto, ao procurar minuciosamente, é possível encontrar algumas filmagens interessantes que aparentam atividades anômalas nas nuvens.
Quem aí não se lembra da filmagem de Agudos, São Paulo, que bombou há quase 15 anos no YouTube?
A filmagem aborda bem o tema desta matéria. Um objeto camuflado entre as nuvens, flagrado por pessoas comuns em plena luz do dia, em uma rodovia da região de Bauru, São Paulo, por conveniência do destino.
Na época em que foi carregado para o YouTube, assisti e, a princípio, também achei que poderia ser uma filmagem verídica, mas, na realidade, não era. Veja aqui a história dessa filmagem.
- Veja também: A farsa de Maria Orsic
Sempre enfatizo a necessidade de cautela e sensatez para evitar afirmar irresponsavelmente que nuvens são OVNIs, mesmo que tenhamos observado algo anômalo nesse sentido pessoalmente. Não devemos proclamar sem uma análise prévia ou dados sólidos que uma formação de nuvem é um OVNI ou, muito menos, uma nave extraterrestre.
O primeiro passo é aprender a identificar as formações catalogadas e não se deixar levar por crenças pessoais. Em seguida, realizar uma análise comparativa e examinatória metódica. Assim contribuímos para que a ufologia se torne cada vez mais clara e menos embaçada.
Ovniologia, a ufologia levada a sério!