MUFON apresenta fragmento de OVNI acidentado mais ‘leve do que uma flor’

No que estava sendo chamado de “a mais importante apresentação relacionada a UAPs que a MUFON já fez”, a Mutual UFO Network (MUFON) revelou detalhes sobre um caso de materiais de um suposto OVNI acidentado, recebidos recentemente de um pesquisador russo. A apresentação ocorreu durante o simpósio anual da MUFON, que foi transmitida via YouTube, realizado de 11 a 14 de julho de 2024, em Irving, Texas, EUA.

A MUFON, afirma que a amostra foi testada usando tecnologia de nível NASA, e descobriu-se que 90% dela é inidentificável.

Isso significa que ou não é um metal ou é um metal totalmente desconhecido, diferente de todos os outros da tabela periódica, afirmam os pesquisadores.

Devido à sua textura única, leve e porosa, o MUFON sugeriu a ideia de que a amostra se assemelha a “detritos de uma nave” — depois que o pesquisador russo que obteve a amostra afirmou que ela poderia ser os restos de um OVNI que caiu.

No entanto, especialistas independentes questionaram a descoberta, dizendo que é apenas o mais recente de uma longa lista de amostras que “poderiam ser de origem alienígena”, mas acabam não sendo.

Investigadores exibiram pequenos fragmentos do material em uma apresentação no Simpósio Internacional do MUFON.

O grupo afirmou que amostras adicionais foram roubadas de uma caixa postal oficial dos EUA, depois que o pesquisador russo que encontrou a amostra tentou enviá-las para o MUFON nos EUA.

“Isso é típico com evidências desse tipo”, disse Ron James, Diretor de Relações com a Mídia do MUFON. “Acreditamos que esse material foi deliberadamente levado por alguém que poderia invadir uma caixa postal trancada para impedir novos testes.”

“Quem fez isso é um mistério”, de acordo com James.

O pesquisador da MUFON, Bob Spearing, informou aos participantes do simpósio que havia sido abordado por um pesquisador russo chamado Arkady, que disse ter testado o material em laboratórios geológicos russos usando uma pistola de fluorescência de raios-X. A tecnologia portátil, semelhante ao equipamento do rover Mars Perseverance da NASA, descobriu que 90% do material era inidentificável, afirmou Spearing.

“É um material muito, muito leve”, disse Spearing aos participantes. “Quase parece poroso, como se tivesse poros. Tem um tom de dourado, mas é basicamente um material preto. Parece ser algum tipo de compósito.”

“É tão leve”, acrescentou ele, “que nem mesmo dobra uma flor.”

Arkady, o pesquisador russo que forneceu a amostra, alegou que o material “apareceu” em sua casa após ele ser contatado por uma entidade não humana que lhe disse que o material veio de um OVNI que caiu.

Mais tarde, laboratórios russos descobriram que o material misterioso era composto por 10% de cálcio, titânio, ferro, arsênico e cobre, de acordo com Spearing.

Essa descoberta é intrigante, mas inconclusiva, dada a confiabilidade mista de dispositivos portáteis de fluorescência de raios-X (hXRF) para identificar a composição química das amostras de teste.

Geólogos que buscam identificar a química das formações rochosas no campo, reguladores ambientais encarregados de avaliar a poluição em amostras de solo e até mesmo lojistas de penhores testando joias têm recorrido às pistolas de fluorescência de raios-X nos últimos anos.

Os dispositivos oferecem rapidez, portabilidade e um método não invasivo para examinar a composição de um material sem destruí-lo no processo.

No entanto, os pesquisadores frequentemente relatam as limitações da tecnologia.

Um grupo de cientistas ambientais no Arizona, por exemplo, relatou no ano passado que seus testes portáteis de fluorescência de raios-X falharam em identificar com precisão o teor de metal cromo devido ao alto teor de ferro que sobrecarregou o sinal do cromo.

E cientistas da NASA que ajudaram a preparar a missão do rover Mars Perseverance em 2020 descobriram que suas próprias pistolas de fluorescência de raios-X não conseguiram detectar alguns elementos-chave de maneira confiável.

“Embora isso limite o uso do hXRF, especialmente quando comparado às técnicas laboratoriais de XRF”, relataram esses cientistas da NASA, “o hXRF ainda é capaz de fornecer ao usuário de campo uma consciência contextual significativamente melhorada de um local de campo.”

Spearing disse no simpósio que algumas das amostras de 90% não identificadas de Arkady também foram enviadas para o laboratório do MUFON no Missouri, que descobriu que a amostra não correspondia a metais conhecidos usando outro teste de fluorescência de raios-X.

“Isso significa que A) não é um metal, ou B) é uma liga metálica que não é reconhecida ou algo na tabela periódica”, disse Spearing.

“O sinal era único, porque eles procuraram os picos padrão para a maioria dos metais conhecidos e nada combinou exatamente”, continuou ele. “Somente pela aparência. Parece ser algum tipo de isolamento leve adequado para isolamento condutivo ou algo que precise de proteção térmica, o que poderia corresponder…”

Mas a situação complicou-se quando Spearing pediu a um colega que lhe enviasse a amostra pelo correio — e ela aparentemente foi roubada da caixa de correio de Spearing.

Câmeras haviam sido viradas contra a parede, o que dificultou a investigação, embora trabalhadores postais dos EUA tenham testemunhado que entregaram a caixa.

“Eu fui até o meu atendente de correspondência e perguntei: ‘Foi entregue?'”, explicou Spearing. “E ela disse: ‘Sim, Bob, foi entregue. Eu coloquei a caixa na sua caixa de correio pessoalmente.'”

“Então a questão se torna, quem seria ousado o suficiente para remover algo de uma caixa de correio federal?” ele perguntou.

Felizmente, os pesquisadores conseguiram obter outra amostra de Arkady, que chegou após ficar 17 dias na alfândega.

A MUFON afirmou que a amostra será agora enviada para dois outros laboratórios para testes com microscópios eletrônicos.

“Temos materiais físicos e mais evidências de tecnologia não humana,” disse James.

A MUFON, que significa Mutual UFO Network, é a maior e mais antiga organização civil de pesquisa de OVNIs do mundo. Ativa desde o final dos anos 60 e dedicado ao estudo científico dos OVNIs para o benefício da humanidade, a MUFON é agora uma rede mundial de investigadores cidadãos com membros em todos os 50 estados dos EUA.