Captura de uma filmagem gravada no México em janeiro deste ano. Pode não parecer, mas na verdade se trata de aves. |
Estamos enfrentando uma questão real. Recentemente, tudo capturado pelas lentes de câmeras digitais ou de vídeo tem sido erroneamente identificado como discos voadores ou fotos de OVNIs. Essas imagens desfocadas não representam discos voadores, naves espaciais secretas, naves-mãe ou qualquer outro fenômeno extraterrestre.
Na realidade, são apenas insetos e pássaros que passam rapidamente diante das câmeras, dentro do que chamamos de “ZONA BLURFO” – uma área onde a câmera não consegue focar adequadamente. Qualquer objeto que cruze essa área, estando próximo da câmera quando ela está ajustada para foco infinito ou ampliado para objetos distantes, se transforma em manchas e listras em forma de disco.
Mesmo o menor inseto parece enorme e escuro, deixando um rastro quando capturado. O problema reside na tentativa de congelar esses momentos, pois congelar quadros não equivale a quadros de filme. Esperamos que as ilustrações abaixo auxiliem as pessoas a compreender essa distorção e a encerrar de uma vez por todas a confusão de identificações equivocadas como BLURFOs.
Exemplos de BLURFOs
Acima temos uma coleção de 8 frames capturados de um vídeo que alega mostrar um OVNI em pleno voo. Contudo, em vez de ser um objeto de grandes proporções e distância, é altamente provável que seja um inseto ou um pássaro minúsculo passando pela ZONA BLURFO.
A câmera de vídeo não consegue produzir uma imagem nítida – não consegue focalizar o objeto e sua velocidade de obturação é insuficiente para capturar detalhes mais amplos, o que “poderia” resultar em um quadro congelado mais claro (ainda que raramente). Essa coleção serve como exemplo ilustrativo, exibindo diversos frames congelados do mesmo inseto ou pássaro, todos exibindo os mencionados efeitos de distorção característicos da ZONA BLURFO.
Observando as linhas de energia, fica evidente o nível de distorção NATURAL e PERMANENTE presente na imagem congelada. Na faixa da ZONA BLURFO, aparições fantasmas e imagens duplas também são comuns, especialmente para objetos em movimento rápido.
Apresento mais um exemplo recente e clássico. O que temos aqui é um trecho gravado na fita, capturando um objeto de dimensões reduzidas e alta velocidade nas proximidades da câmera.
Ao analisar o frame congelado, podemos observar uma faixa que representa meros microssegundos de tempo, durante os quais a conversão digital interpretou, sem o auxílio do foco adequado, o deslocamento de um pequeno inseto ou pássaro que atravessava a área da ZONA BLURFO.
O problema do BLURFO com ‘Orbs’
De forma semelhante, encontramos a mesma questão nas fotos de “orbes”, especialmente aquelas tiradas com câmeras digitais. Nas ilustrações abaixo, conduzi um experimento no qual apliquei farinha branca em meu dedo indicador direito. Utilizando uma câmera digital comum da marca Olympus e acionando o flash, capturei uma série de fotos em sequência enquanto soprava a farinha do meu dedo para a área de enquadramento.
Todas as partículas de farinha que caíram na ZONA BLURFO foram transformadas em “orbes” clássicos. Essas esferas distorcidas, exageradas e aparentemente grandes exibem detalhes coloridos, acompanhados pela característica assinatura do anel interno do Orbe. Em contraste, as partículas de farinha que aterrissaram fora da ZONA BLURFO, onde a câmera conseguiu focar, mantiveram a aparência de partículas de farinha.
À medida que se distanciam da câmera em direção à escuridão, gradualmente se tornam menos visíveis. As “orbes” da ZONA BLURFO são manifestamente distorções geradas pela interação do flash (que ilumina excessivamente as manchas de farinha) com a incapacidade da câmera de focalizar adequadamente dentro da ZONA BLURFO.
Como foi mostrado no artigo, assim como outros pesquisadores também mostram, a “fotografia digital” ou melhor, “nossa percepção” do que é capturado digitalmente, pode ser completamente o oposto do que acreditamos que seja, torna-se fundamental que o tempo seja tomadas para “eliminar” todas as possibilidades do que possa ser um objeto, que é capturado digitalmente, principalmente quando não há evidências que corroborem.
No final das contas uma “câmera digital” é uma ferramenta que “captura dados” e como foi apontado “esses dados” têm uma ampla interpretação de origem, portanto; a importância está no “procedimento de análise” dos dados. Sem “evidências de apoio” e a menos que todos os “objetos conhecidos” possam ser eliminados, no que diz respeito a uma investigação de OVNIs, a virtude da “fotografia digital” é discutível.
Por: James Neff
Fonte: rense