Em um artigo publicado pela revista Nature, cientistas buscam entender fenômeno que ocorre desde 1988.
Conceito artístico de um pulsar – Reprodução/NASA |
Por mais de três décadas uma fonte misteriosa tem emitido pulsos de rádio por 21 minutos com níveis diferentes de brilho, pelo menos é o que diz um artigo publicado pela revista Nature. A fonte desconhecida envia sinais de rádio consistentemente para a Terra desde pelo menos 1988.
Os detalhes da descoberta foram publicados na revista Nature em um artigo intitulado “Um transiente de rádio de longo período ativo por três décadas”. Chamado de GPMJ1839-10, o objeto está além da “linha da morte do pulsar” — se o campo magnético do pulsar for forte e estiver girando rápido o suficiente, ele pode ser captado — caso contrário, não haveria energia o suficiente para ver o pulsar da Terra.
Outra teoria é de que o objeto possa ser uma anã branca ou magnetar altamente magnetizada, um tipo extra de estrela de nêutrons com campos magnéticos incrivelmente fortes – mas estes não detectam emissões.
A fonte recém-descoberta segue um padrão de pulsação de 21 minutos, um fenômeno anteriormente considerado impossível por explicações científicas. Os cientistas apontam que quando esse fenômeno cruza a Terra, as emissões podem ser captadas de forma muito breve e brilhante, como se estivesse no caminho da luz de um farol em rotação, as rajadas regulares de energia alternam o brilho como uma bola de espelhos giratória de discoteca.
As emissões se aproximam de explosões que saem de pulsares — estrelas de nêutrons que giram rapidamente e emitem feixes de energia de rádio — ou rajadas rápidas de rádio, que duram de milissegundos a vários segundos.
Os detalhes da descoberta foram publicados na revista Nature em um artigo intitulado “Um transiente de rádio de longo período ativo por três décadas”. Chamado de GPMJ1839-10, o objeto está além da “linha da morte do pulsar” — se o campo magnético do pulsar for forte e estiver girando rápido o suficiente, ele pode ser captado — caso contrário, não haveria energia o suficiente para ver o pulsar da Terra.
Outra teoria é de que o objeto possa ser uma anã branca ou magnetar altamente magnetizada, um tipo extra de estrela de nêutrons com campos magnéticos incrivelmente fortes – mas estes não detectam emissões.
Os cientistas acreditam que esses sinais de rádio estão sendo emitidos para a Terra desde 1988, através de registros antigos, mas que passaram despercebidos por quem coletava esses dados. Depois que a fonte foi detectada, os pesquisadores verificaram os arquivos de rádio e descobriram que a fonte se repetia há pelo menos 35 anos. A natureza desse fenômeno ainda é incerta.
De acordo com os pesquisadores, não se sabe qual o objeto está enviando essas ondas de rádio para o planeta. Os estudos nessa área poderão incluir alguma explicação do quão incomum se trata essa fonte misteriosa
Victoria M Kaspi, professora de física da Universidade McGill que não esteve envolvida no estudo, escreveu em um artigo anexo: “Só o tempo dirá o que mais se esconde nesses dados e o que as observações em muitas escalas de tempo astronômicas revelarão”.
Fonte: Correio Braziliense