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Imagem ilustrativa gerada por IA. Crédito: Ovniologia |
Diversos textos antigos controversos indicam a possível interação entre seres humanos e entidades que teriam chegado à Terra de origens desconhecidas.
Embora não haja evidências irrefutáveis para sustentar essa teoria, muitos indivíduos respeitáveis endossaram-na. Dentro desse contexto, um manuscrito antigo aborda a temática de seres extraterrestres, OVNIs e vida em outros planetas. Esses registros inequivocamente demonstram que a crença na existência de seres alienígenas perdura por milênios.
O antigo romance visionário
Luciano de Samósata, um satírico e orador sírio, é reconhecido por ter introduzido a ficção científica quase 2.000 anos antes de Júlio Verne e H.G. Wells. Sendo um dos pioneiros da escrita ficcional no Ocidente, ele concebeu um cenário futuro onde a humanidade encontraria formas de vida extraterrestre, travaria guerras interestelares e criaria seres artificiais.
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Lucianus (retrato fictício). Gravura do pintor inglês William Faithorne, século XVII/ Wikipédia. |
Luciano explorou temas como seres de outro mundo, naves espaciais e autômatos em grego, muito antes das obras de Verne e Wells. Muitos estudiosos o consideram o progenitor da ficção científica, dado que suas narrativas estabeleceram os fundamentos para o gênero como o conhecemos atualmente, embora tenham sido escritas há mais de dois milênios.
Em sua obra “Uma História Verdadeira“, Luciano narra as aventuras de seus protagonistas em um cenário onde os cosmonautas exploram naves voadoras, projeções televisivas, máquinas falantes, inteligência artificial, encontros com seres alienígenas, conflitos espaciais, OVNIs e até humanoides, além de cidades erigidas dentro de organismos vivos.
Os escritos de Luciano, datados de séculos atrás, prenunciaram muitos temas contemporâneos da ficção científica. Luciano e seus colegas embarcam em uma jornada além dos “Pilares de Hércules”, mas enfrentam uma reviravolta inesperada devido a uma tempestade intensa que desvia seu curso.
Por fim, eles aportam em uma ilha com um notável rio de vinho repleto de peixes e ursos. Apesar das maravilhas encontradas na ilha, eles não demoram e prosseguem, até serem levados por um poderoso redemoinho que os transporta até a lua.
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Ilustração de William Strang da edição de 1894 de True History de Lucian; colossais aranhas lunares tecem uma teia no ar entre a Lua e a Estrela da Manhã. Crédito da imagem: Wikimedia Commons |
Eles emergem no meio de um conflito entre os regentes da Lua e do Sol, disputando o domínio sobre a “Estrela da Aurora”. Os exércitos consistem em seres híbridos, mesclando elementos mecânicos e biológicos, que assumem formas peculiares.
O exército solar prevalece, resultando em um acordo de paz. Luciano detalha as discrepâncias entre a vida terrestre e aquela em outros corpos celestes.
Após regressarem à Terra, Luciano e seus companheiros são engolidos por uma baleia gigantesca, cujo tamanho se estende por 320 quilômetros. Dentro dela, eles descobrem uma população diversa de peixes.
Enfrentando uma guerra contra criaturas enigmáticas, eles finalmente emergem vitoriosos ao acenderem uma fogueira no interior do corpo da baleia.
Com êxito, conseguem desbloquear as mandíbulas do animal e empreender uma fuga ousada. Continuando a jornada, deparam-se com um imenso abismo oceânico, porém conseguem navegar até a sua borda, revelando um continente distante que decidem explorar.
Luciano abruptamente encerra sua narrativa, deixando a indicação de que suas próximas empreitadas serão detalhadas nas sequências subsequentes, todas inéditas.
Adicionalmente, o trabalho de Luciano abarca contos de naufrágios extraordinários e jornadas por terras singulares, como uma ilha de sonhos, bem como explorações maravilhosas por florestas e cenários interestelares.
Fontes e referências:
https://www.howandwhys.com/ancient-books-talk-about-aliens-ufos-robots/