Tudo que você precisa saber sobre o Eclipse Solar Anular de amanhã

Amanhã, sábado, 14 de outubro de 2023, ocorrerá um magnífico fenômeno; um Eclipse Solar Anular ou “Anel de Fogo” que será visível em todas às Américas. No Brasil, ele poderá ser acompanhado de todos os estados em sua parcialidade.

A Lua se move em frente ao Sol em um raro eclipse solar de “anel de fogo”, visto da ilha de Balut, província de Saraggani, nas Filipinas em 2019 Imagem: FERDINANDH CABRERA/AFP

O que é um Eclipse Solar Anular

Diferentemente de um Eclipse Solar Total, quando todo o disco solar é coberto pela Lua, durante um Eclipse Solar Anular, a lua aparece ligeiramente menor que o sol, não sendo capaz de bloquear completamente o disco solar. O resultado é a formação de um espetacular “anel de fogo.” A palavra “anular,” que dá nome a esse tipo de eclipse, deriva de “annulus,” uma palavra em latim que faz referência a dois círculos concêntricos, criando um anel.

Devido à órbita ligeiramente elíptica da lua ao redor da Terra, em dois pontos mensais, ela se encontra mais distante (apogeu) e mais próxima (perigeu) da Terra, fazendo com que a lua aparente ser um pouco menor e um pouco maior do que a média no nosso céu. Em 14 de outubro de 2023, a Lua estará próxima de seu apogeu (ponto mais distante de sua órbita), portanto o diâmetro da Lua será menor que o do Sol, gerando assim um eclipse anular. A lua nova será relativamente pequena e, portanto, cobrirá apenas 91% do disco solar.

Apenas dentro da faixa da anularidade, que tem uma largura de 190 a 220 quilômetros, será possível observar o anel de fogo. Esse caminho se estenderá por todas as Américas, através dos Estados Unidos, México, Guatemala, Belize, Honduras, Nicarágua, Costa Rica, Panamá, Colômbia e, por fim, o Brasil.

Locais e horários do Eclipse no Brasil 

O eclipse que ocorrerá neste sábado será visível integralmente em várias cidades do norte e nordeste do Brasil. Nas demais regiões do país, será possível observá-lo apenas de forma parcial.

A oportunidade de observar um eclipse anular completo, ou seja, presenciar o impressionante anel de luz, não se apresentava no Brasil desde 1994, quando esse fenômeno foi visível em sua totalidade em algumas áreas do sul do país.

Fontes: NASA; timeandate.com

Eclipses solares são eventos que não ocorrem com raridade, eles acontecem duas vezes por ano, mas sua visibilidade não abrange todos os lugares do planeta.

A visibilidade depende da posição do observador. Por isso, muitos anos podem transcorrer até que um eclipse se torne visível novamente em um determinado local.

O eclipse deste sábado é conhecido como o Grande Eclipse das Américas de 2023.

Este eclipse é notável devido ao grande número de países que terão a oportunidade de presenciar o fenômeno. Ele será visível por um público extenso na América do Norte, América Central e América do Sul. Isso é algo que não ocorre com frequência.

Na verdade são 4 os tipos de eclipses solares. Parcial, Anular, Total e Híbrido. (O eclipse híbrido ocorre quando a curvatura da Terra faz com que o eclipse seja observado como anular em alguns locais e total em outros).

Devido ao fato de o eclipse iniciar e encerrar em horários diferentes, é possível traçar uma “trajetória” que indica os locais onde ele inicia primeiro e para onde se “desloca”.

“Usamos o termo trajetória do eclipse porque a Terra está em constante rotação, e, à medida que gira, a Lua também se movimenta ao redor da Terra. Esse movimento lunar é o que origina a sombra”.

“Portanto, a trajetória do eclipse é exatamente o caminho pelo qual a Lua se move enquanto se posiciona diante do Sol. Esse movimento é rápido devido à rotação contínua da Terra.”

Mas tem que se ter cuidado ao se observar um Eclipse 

Pessoas tiram fotos com seus smartphones enquanto monitoram o eclipse solar anular na Arábia Saudita, em 2019 — Foto: Hamad I Mohammed/Reuters

A principal orientação para contemplar um eclipse solar, independentemente de ser parcial, total ou anular, é nunca olhar diretamente para o Sol sem a devida proteção! Observar o Sol diretamente pode causar danos irreparáveis à sua visão.

Além disso, é fundamental lembrar que é necessário proteger seus olhos durante a observação do eclipse, pois, embora o Sol esteja a uma distância de 150 milhões de quilômetros, ele ainda representa um risco devido à sua intensa radiação ultravioleta e infravermelha. Métodos como usar um exame de raios-X usado, óculos escuros ou materiais plásticos escuros são igualmente perigosos e não proporcionam eficaz filtragem dos raios prejudiciais do Sol.

Filtros de solda número 14 ou maior são indicados para se ter uma melhor segurança na hora de observar um eclipse.

A utilização de óculos especiais com filtros solares apropriados ou máscaras de soldador (classificadas como número 14 ou superiores) são as principais ferramentas para uma observação segura do eclipse solar, embora deva ser ressaltado que esses itens podem apresentar falhas e não garantem proteção total.

Óculos especiais com filtros solares apropriados também é uma opção para se observar um eclipse com maior segurança.

O método mais seguro de se observar eclipses é a técnica chamada projeção indireta. Ela pode ser utilizada para a observação de manchas solares, eclipses totais e parciais do Sol, além dos trânsitos dos planetas Mercúrio e Vênus. 

Pode ainda ser usada para observar as nuvens que movem-se à frente do Sol e etc. Este infográfico fornece instruções passo a passo para realizar essa projeção com total segurança.

Mas EAI? Já está pronto ou se praparando para presenciar esse espetáculo da natureza? 

Quem perder a chance de observar o fenômeno no sábado só terá outra oportunidade no dia 2 de outubro do ano que vem, quando haverá outro eclipse anular, mas apenas para quem estiver nas regiões Sul e Sudeste. E mesmo assim, será parcial, com visibilidade de cerca de 15%.

E depois deste, somente em 6 de fevereiro de 2027, quando paulistas e cariocas terão a visão de cerca de 90% do eclipse anular.

Fontes e referências: Misteriosdouniverso, BBC