Cientistas chineses alegam ter desenvolvido o que a mídia apelida de uma “arma de força” que supostamente usa anéis magnéticos de plasma para manipular objetos distantes no espaço, lembrando, de certa forma, os poderes dos Jedi da franquia de filmes Star Wars, que usam a Força para mover objetos com a mente.
Embora haja poucas informações disponíveis sobre essa arma misteriosa, se realmente existir, teoricamente poderia ser usada para capturar naves espaciais inimigas, alterar suas órbitas ou até mesmo provocar colisões entre naves espaciais, tudo a uma distância segura.
Na ficção científica, capturar uma nave espacial inimiga frequentemente envolve o uso de um “raio trator” para rebocá-la. No entanto, no mundo real, onde o espaço orbital terrestre está se tornando cada vez mais contestado, tal tecnologia ainda não existe.
Nos últimos anos, os pesquisadores têm feito progressos nessa área, incluindo o desenvolvimento de dispositivos que usam lasers e ondas sonoras para manipular objetos distantes sem contato físico. No entanto, essas tecnologias ainda estão principalmente em estágios de laboratório, e aplicações práticas na guerra espacial não parecem estar próximas.
Agora, de acordo com uma matéria publicada no início desse mês no South China Morning Post, uma equipe de pesquisadores da Universidade Nacional de Tecnologia de Defesa da China alega ter desenvolvido um dispositivo capaz de manipular objetos à distância sem a necessidade de contato direto. Isso poderia representar um avanço crucial na tecnologia de guerra espacial.
Detalhado na revista chinesa Systems Engineering and Electronics, o componente central deste dispositivo intrigante é descrito como um “canhão coaxial magnetizado” capaz de gerar pulsos de gás quente, denso em elétrons e de alta energia na forma de anéis de plasma. Quando esses anéis de plasma são disparados do canhão a uma taxa de oito por segundo, viajando supostamente a 10.000 metros por segundo, o que equivale a vinte vezes a velocidade do som, eles adquirem uma corrente elétrica. Essa corrente elétrica, por sua vez, gera um campo magnético que se opõe ao campo magnético criado durante a descarga de plasma.
A arma, seria uma espécie de “Canhão Magnético Plasmatico”. |
De forma notável, esse processo também resulta na criação de linhas de campo magnético que permanecem “presas” no plasma. Isso é significativo, pois implica que os efeitos de um campo magnético podem ser transportados junto com o anel de plasma enquanto ele se move pelo espaço. Segundo os pesquisadores envolvidos, isso confere a sua arma de força um alcance de até um quilômetro. Em termos práticos, isso significa que uma nave espacial equipada com esse tipo de dispositivo poderia aplicar uma força sobre um objeto à distância, sem a necessidade de contato direto.
Os pesquisadores também observam que seu canhão de força poderia afetar os campos magnéticos de dois satélites de forma a aproximá-los. Além disso, essa tecnologia poderia essencialmente “empurrar” um satélite, opor-se ao seu próprio campo magnético ou até mesmo atraí-lo em direção ao canhão de força, usando os “poços magnéticos” criados nos anéis de plasma.
Embora a organização responsável pelo desenvolvimento da arma de força tenha uma natureza militar, a pesquisa publicada parece focar nas aplicações mais práticas do dispositivo. Isso inclui o uso do canhão de força para remover ou desorbitar detritos espaciais, corrigir órbitas de satélites fora de controle ou até mesmo unir dois satélites para missões conjuntas. No entanto, não se pode ignorar as possíveis aplicações militares desse dispositivo, como a capacidade de capturar naves inimigas, retirá-las de órbita ou até mesmo fazê-las colidir entre si.
Não há um cronograma definitivo para quando esse dispositivo poderá ser efetivamente utilizado no espaço, e, devido à sua natureza militar, detalhes adicionais podem não ser divulgados imediatamente. No entanto, os pesquisadores afirmam no artigo que “o projeto e a verificação experimental de um protótipo estão em andamento”.
Portanto, ser capturado por um raio trator inimigo pode deixar de ser apenas ficção científica em um futuro não muito distante.
Por: Thedebrief