Quão criativos são os projetistas que lhes deram à luz? Com múltiplas funções, dispondo de recursos quase ilimitados para enfrentar diversas situações operacionais e desenvolvendo ainda, surpreendentes performances, tanto dentro quanto fora da atmosfera terrestre.
O veículo de deslizamento hipersônico (HGV) chinês, voa mais baixo que o radar de mísseis balísticos e tem uma velocidade que é 10 vezes superior a do som. |
Seja a partir de alegados UFOs nazistas apreendidos após a Segunda Guerra, seja a partir de naves acidentadas na Terra e reinventadas na chamada Área 51 ou através de pesados investimentos em intensas pesquisas aeroespaciais (como queiram…), fato é que a produção aeronáutica dos EUA extrapolou literalmente à atmosfera terrestre. A partir de experimentos do pós-guerra surgiram gerações de verdadeiras espaçonaves que estão a romper a atmosfera e passando a orbitar o planeta, de fato, muitas das vezes, furtivamente.
Algumas das quais já se encontram em operação, podendo atuar sob aspecto invisível (sistema stelth) sobre quaisquer territórios e sob objetivos diversos, entre os quais, destacadamente, a execução de pesquisas ligadas a minerais estratégicos, além de diversas outras, tais como, espionagem, monitoração, transmissão de dados etc.
Por certas ocasiões, alguns projetos secretos visando à concepção e uso de aeronaves não identificadas foram denunciados pelo próprio Congresso norte-americano, vez que teriam sido financiados com dinheiro público, mas não teriam sido prestadas as devidas contas nas formas da lei. Na maioria desses casos as explicações para tais questões não foi esclarecida, sendo que a NASA sempre encontra um meio para justificar as altas cifras gastas na concepção dessas desconhecidas máquinas voadoras.
F-117A é o precursor na tecnologia invisível (stealth). Sua estrutura absorve as ondas e emite uma assinatura praticamente imperceptível ao radar. |
O caça triangular norte-americano Navy A-12, com tecnologia Stealth teria sido concebido na polêmica Área 51. OVNIs triangulares já foram reportados em diversos países. |
Feitos na Terra
Algumas destas naves podem ser vistas como perfeitos discos voadores, enquanto outras, já deixaram para traz o formato discóide (que, inicialmente apenas recobria as asas convencionais) e partiram para formas mais inusitadas possíveis: quadrada, triangular, losangular e outras não convencionais.
Existem muitos relatos, tanto de pessoas comuns, como também de personalidades, de índoles incontestáveis, dando conta de avistamentos de naves anormais. Além disso, existem autênticos registros em filmes e fotografias feitas em todo o mundo, que mostram naves completamente fora do convencional em operação.
Esferas voadoras de dimensões menores, estruturas enormes em formatos inusitados e tantas outras manifestações insólitas também já puderam ser relatadas e registradas por equipamentos comuns (até caseiro) que trouxeram à tona a existência de “coisas que não sabíamos existir”, as quais passamos a buscar explicações. Se a origem é terrena ou extraterrena poderá ser sempre uma incógnita diante ao desconhecido. Fato é que se trata de algo a que não se tem notícia.
Entretanto, as testemunhas tiveram (ao avistar um desses aparatos voadores de origem terrestre desconhecida), de fato, um avistamento ufológico, logo, observaram um objeto voador não identificado, assim, não se pode afirmar que seja de origem extraterrestre. Destarte, o desconhecido não assegura que tal aparato seja de origem extraterrestre (como vem à mente da maioria das testemunhas, pelo simples fato de se desconhecer algo similar), mas sim, literalmente alienígena (de origem desconhecida; não necessariamente, mas podendo ser até ET).
Em busca de sensacionalismo, nesses casos, grande parte da mídia em geral, se deixa seduzir por afirmações descabidas, mal interpretadas, errôneas, às vezes, por ignorância, noutras, por pura má fé de quem as propaga.
Projetos secretos
O orçamento do Pentágono em 2010 contém uma breve referência ao projeto (não classificado) Anubis, que leva o nome do antigo deus egípcio dos mortos. O Anubis se trata de um micro-robô desenvolvido pelos laboratórios de pesquisa da Força Aérea.
De acordo com Sharon Weinberger, da revista americana ‘Popular Science’, a Força Aérea não vai se pronunciar sobre tal veículo específico, mas um vídeo de marketing feito em 2008 e divulgado pelo laboratório, sugere que no futuro os micro-VANTs possam ser equipados com uma infinidade de produtos químicos, cargas inflamáveis, explosivos ou mesmo artilharia de precisão, de acordo com a capacidade de cada segmentação desses veículos.
O vídeo mostra uma aeronave drone carregada de explosivos, trabalhando durante um bombardeio. Documentos do Orçamento indicam que o Anubis Project agora está completo, e isso significa pelo menos um micro-drone já poderia estar atuando em campo.
Em abril de 2009, uma revista francesa publicou a fotografia de uma aeronave desconhecida e com asas finas, a qual já havia sido detectada também no sul do Afeganistão e que especialistas aeroespaciais designaram de a “Besta de Kandahar”. Depois surgiu uma outra fotografia, à qual, a Força Aérea emitiu um comunicado e finalmente forneceu sua identidade formal: era o The Lockheed Martin RQ-170 Sentinel.
Fabricado pela Lockheed Martin, o RQ-170, consiste numa asa tailless, que possui contornos superficiais de uma aeronave equipada com sistema stealth, que a torna invisível aos radares. Foram notadas as semelhanças entre o RQ-170 e as aeronaves Lockheed Polecat não tripuladas, que os observadores de VANTs, faz muito tempo, já especulavam que estariam sendo desenvolvidas em segredo, até que foi finalmente tornada pública em 2006, na Farnborough International Airshow, uma feira na Inglaterra.
A Força Aérea diz que o Sentinel se trata apenas de um avião de reconhecimento, mas para Weinberger, muita coisa sobre o RQ-170 ainda é intrigante. Ela indaga sobre o porquê de a Força Aérea americana necessitar de uma aeronave stealth no Afeganistão, um país sem sistema de defesa por radar. Para a autora, o QR-170 foi desenvolvido tendo em mente um inimigo mais sofisticado, talvez, a China. No entanto, argumenta, “isso não significa que ela não poderia ser adaptada para os conflitos atuais”.
Para Sharon Weinberger, ao contrário do Predator, relativamente fácil de detectar, assim como os drones Reaper, o QR-170 em stealth poderia permitir a realização de missões que os aviões são limitados. Entre elas, o monitoramento clandestino, ou mesmo, navegar despercebidamente para além das fronteiras do Afeganistão, em direção ao Irã ou ao Paquistão, por exemplo, para espionar seus programas nucleares.
O VANT RQ-170 Sentinel, que se aparenta a um disco voador, mas é um veículo bem terrestre. |
Satélites ‘On Demand’
Contudo, acredita-se, aeronaves como essas estão perto do fim de suas missões. “Os satélites On Demand são hoje o sonho de consumo do Pentágono para a vigilância no campo de batalha, que não termina com os conhecidos drones”, alega Weinberger.
Outro objetivo é que satélites de reconhecimento possam ser lançados dentro de poucos dias, numa abreviação drástica de um processo que hoje levaria de um a dois anos. Os satélites têm pelo menos duas vantagens significativas sobre os drones: eles podem ficar no ar, 365 dias por ano e podem trafegar livremente, pois estão isentos de preocupações legais acerca do espaço aéreo internacional.
Realizar vigilância com drone mantendo a qualidade de um satélite exige uma tecnologia avançada de imagem como aquela encontrada em um satélite experimental lançado pela Força Aérea dos EUA em 2009, o TacSat-3. Este satélite está equipado com sensores hiperespectrais, que captam a radiação eletromagnética em um espectro tão amplo que pode detectar até uma bomba enterrada. É um passo inicial para que os satélites passem a localizar e identificar pessoas individuais na superfície da Terra.
Taranis, a resposta britânica aos EUA
O Taranis é uma resposta do governo britânico ao domínio americano da tecnologia para VANTs no mercado, onde se impõe o reinado supremo do popular drone Predator, utilizado em operações no Afeganistão. O Taranis nasceu de uma decisão do Ministério da Defesa em 2006, visando desenvolver um veículo aéreo não tripulado, com sistemas superiores àqueles utilizados pelos Estados Unidos.
Um dos seus diferenciais é a utilização de um personalizado motor Rolls Royce a jato, em vez de uma hélice, como os demais. O resultado se traduz em maior rapidez, tornando o jato não tripulado altamente manobrável.
O Ministério da Defesa britânico informou que para produzir o veículo, se baseou na tecnologia militar da companhia BAE Systems, e divulgou os frutos do alto desenvolvimento de uma tecnologia de alta segurança aplicada em seu VANT. No entanto, depois de acessar as informações de pré-lançamento, um perito levantou preocupações sobre tal tecnologia.
Para Noel Sharkey, engenheiro especializado em robótica para sistemas militares autônomos da Universidade de Sheffield, no Reino Unido, afirmou que, “O Taranis estuda o jogo para colocar o Reino Unido na dianteira dos VANTs”.
Mas, para ele, os sinais de alerta se acendem, quando se afirma que o Taranis seria “um sistema totalmente autônomo e inteligente a ser utilizado em missões profundas, com uma alta capacidade de ataque ao seu destino”.
Sharkey diz que o termo militar “missão profunda” se refere ao alcance “além daquele feito pelo controle de um piloto remoto”. De acordo com o engenheiro, “Nós precisamos saber se isso significa que tais aviões-robôs escolheriam os seus objetivos para destruí-los – porque eles, certamente, não são dotados de inteligência para distinguir entre civis e combatentes”.
A instituição Landmine Action, com sede em Londres, já manifestou a sua preocupação de que a autonomia dessa tecnologia militar proporciona a criação de robôs aéreos capazes de decidir por si próprios, o que se constitui em um alvo, tornando-os assim, tão furtivos quanto uma mina terrestre.
Segundo Gerald Howarth, ministro britânico para a Estratégia de Segurança Internacional, o Taranis terá uma intervenção humana mínima, mas poderá ser pilotado remotamente a qualquer momento.
O Taranis é um drone britânico de última geração e alta tecnologia, altamente autônomo. |
Demon
Demon, o VANT da BAE Systems. |