De todos os muitos fenômenos, experiências e objetos inexplicados no mundo, um dos que mais trazem fascínio são os categorizados como “artefatos fora de lugar”. Também chamados de OOPArts. OOPArt é um acrônimo em inglês para Out of Place Artifact (literalmente, “artefato fora de lugar”) Estes objetos são, por medida científica, muito antigos, mas sua forma ou construção parecem ser bastante moderna. Eles são fósseis impossíveis, com uma tecnologia fora do seu tempo, artefatos anacrônicos. Em outras palavras, se a nossa história do mundo está correta, eles simplesmente não deveriam existir.
O termo foi cunhado pelo naturalista e criptozoologista americano Ivan T. Sanderson para um objeto de interesse histórico, arqueológico ou paleontológico encontrado em um contexto muito incomum ou aparentemente impossível que poderia desafiar a cronologia histórica convencional por ser “muito avançado” para o nível de civilização que existia na época, ou mostrando “presença humana” muito antes da existência dos humanos.
O termo “artefato fora do lugar” raramente é usado por historiadores ou cientistas. Seu uso está amplamente confinado a criptozoologistas, proponentes das teorias dos antigos astronautas, criacionistas da Terra Jovem e entusiastas do paranormal. O termo é usado para descrever uma ampla variedade de objetos, desde anomalias estudadas pela ciência convencional e pela pseudoarqueologia muito fora da corrente dominante até objetos que se mostraram serem farsas ou terem explicações mundanas.
Os críticos argumentam que a maioria das supostas OOPArts que não são farsas são o resultado de interpretações equivocadas, ilusões ou uma crença equivocada de que uma cultura específica não poderia ter criado um artefato ou tecnologia devido à falta de conhecimento ou materiais. Os defensores consideram as OOPArts como uma prova de que a ciência dominante está negligenciando grandes áreas do conhecimento, seja intencionalmente ou por ignorância. E existem muitos exemplos – bem mais do que os geólogos, arqueólogos e outros cientistas querem admitir.
Por que eles são tão fascinantes?
Existem muitas razões. Primeiro de tudo, a maior parte deles são reais e tangíveis. Ao contrário de fantasmas, criaturas misteriosas como Pé-grande, Monstro do Lago Ness e fenômenos como a telecinese, esses artefatos inexplicáveis foram vistos, tocados e examinados. Eles estão ao alcance de nossos olhos, sem que nada da nossa experiência ou conhecimento possa explicá-los atualmente.
Segundo, porque eles existem e não se encaixam no cronograma científico padrão ou na cronologia geológica e antropológica. Eles sugerem, com sua própria maneira desconcertante, que nossas técnicas de datação, ou estão erradas, que a geologia não progrediu da maneira que nós supomos ou há muito mais sobre a história da vida neste planeta que sabemos atualmente. De qualquer forma, estes incômodos OOPArts tem frustado o estabelecido pensamento ortodoxo. Abaixo, veja alguns deles.
O Martelo de London
O London Hammer, também conhecido como “London Artifact”, é um martelo feito de ferro e madeira descoberto na cidade de Londres, Texas, nos EUA em 1936. Parte do martelo está incrustada em uma concreção de rocha calcária, o que levou alguns a considerá-lo um artefato anômalo.
O martelo foi supostamente encontrado por um casal local, Max Hahn e sua esposa Emma, enquanto caminhavam ao longo do Red Creek, perto da cidade de Londres. Eles avistaram um pedaço curioso de rocha solta com um pedaço de madeira incrustado e o levaram para casa. Uma década depois, um filho do casal, curioso, quebrou a rocha revelando assim um enigmático martelo dentro dela.
O martelo de metal tem aproximadamente 15 centímetros de comprimento e um diâmetro de 25 mm, levando alguns a sugerir que ele não era usado para grandes projetos, mas sim para trabalhos finos ou metais moles. Testes teriam constatado que o martelo possui uma metalurgia incomum: 96,6% de ferro, 2,6% de cloro, 0,74% de enxofre e nenhum carbono. O carbono geralmente é o que fortalece e endurece o ferro, sendo sua ausência muito estranha. Por outro lado, o cloro não é encontrado no ferro, tornando sua presença incomum.
O interesse pelo martelo aumentou após sua compra em 1983 pelo criacionista Carl Baugh, que o considerou uma “descoberta monumental ‘pré-diluviana'”. Ele usou isso como base para especulações sobre como a qualidade atmosférica de uma terra antediluviana poderia ter encorajado o crescimento de gigantes. O Museu de Evidências da Criação de Baugh comprou o martelo por volta de 1983 e começou a promovê-lo como “o Artefato de Londres”.
Outros observadores notaram que o martelo é estilisticamente consistente com as típicas ferramentas americanas fabricadas na região no final do século XIX. Seu design é consistente com o martelo de um mineiro. Uma possível explicação para a rocha que contém o artefato é que os minerais altamente solúveis no calcário antigo podem ter formado uma concreção ao redor do objeto através de um processo comum (como o de um poço petrificante) que muitas vezes cria incrustações semelhantes em torno de fósseis e outros núcleos em um tempo relativamente curto.
As lâmpadas de Dendera
As paredes do templo de Hathor em Dendera têm sido objeto de várias teorias e especulações desde a sua descoberta. E, aparentemente, possuem algumas características incomuns que têm gerado hipóteses de todos os tipos. Um elemento que tem gerado polêmica são as conhecidas como lâmpadas de Dendera. Descobertas em 1857, estão uma série de relevos em pedra esculpidos nas paredes do templo que muitos interpretam como evidência de que tecnologia elétrica rudimentar foi usada no Antigo Egito.
O templo, iniciado por Nectanebo I no século IV a.C. e concluído na época romana, apresenta uma série de baixos-relevos em vários pontos do complexo. Esses baixos-relevos são impressionantes porque contêm o que os egiptólogos identificam como uma cobra emergindo de uma flor de lótus, um símbolo mitológico.
Porém, algumas personalidades, como o ufólogo Erich Von Däniken, asseguram que esta imagem não aludiria a uma imagem mitológica, mas sim a objetos mais modernos como tubos de Crookes, lâmpadas de arco elétrico e tubos de Geissler. Para Däniken, é algo bastante óbvio, ainda mais considerando que um daqueles baixos-relevos se encontra numa cripta secreta.
O desenho mostra um suporte em forma de haste, que alguns acreditam representar o filamento da lâmpada, conectado a um recipiente em forma de vaso que seria o bulbo. Acima do suposto bulbo, há uma figura em forma de cobra que, para alguns, sugere uma conexão com eletricidade ou energia.
Com base neste diagrama, o engenheiro egípcio W. Garn construiu um dispositivo funcional capaz de produzir luz. Dois autores australianos, Krassa e Habeck, mergulharam neste dispositivo em seu livro (Light of the Pharaohs – High Technology and Electricity in Ancient Egypt).
O mistério das lâmpadas de Dendera se soma aos mistérios associados à iluminação dentro das pirâmides e catacumbas egípcias. Nenhum vestígio de fuligem de tochas ou velas foi encontrado nesses locais. Como aconteceu a iluminação desses ambientes, incluindo as criações artísticas nas paredes? Esses objetos apresentados em Dendera estão conectados a isso?
Nanotecnologia em Urais
Em 1991, uma equipe de arqueólogos estava realizando uma pesquisa geológica de extração de ouro nas montanhas Urais da Rússia, quando se depararam com um achado que os deixaram totalmente chocados. Eles descobriram numerosos objetos microscópicos estranhos e misteriosos perto da margem dos rios Kozhim, Narada e Balbanyu – “nano -estruturas” de além do tempo.
Pequenos objetos escassos apareceram um após o outro, com dimensões variando de centímetros a milímetros (0,003 milímetros para os menores), em estratos geológicos situados entre 3 e 12 metros de profundidade. Isso permitiu uma datação posterior com base no nível em que foram encontrados, variando entre 20.000 e 318.000 anos.
Uma análise realizada sobre esses objetos pela Academia Russa de Ciências em Syktyvka, capital da antiga República Soviética Komi, determinou que a composição desses objetos era variada. Nos objetos maiores, predominou a presença de cobre, enquanto nos menores foi encontrada a presença de tungstênio e molibdênio. O tungstênio, assim como o molibdênio, possui um peso atômico alto, com ponto de fusão de 3.410 graus Celsius para o primeiro e 2.650 para o último.
É extremamente surpreendente que o tamanho milimétrico de muitos desses objetos exija tecnologia altamente desenvolvida para sua fabricação, que ainda hoje está em processo de desenvolvimento, o que tem sido chamado de “nanomáquinas” – pequenos robôs destinados a atuar onde quer que a mão do homem seja inoperante, como seria o caso da microcirurgia ao nível do cérebro ou de operações arriscadas nos vasos sanguíneos que não são possíveis de realizar com as técnicas cirúrgicas atuais.
Mais tarde, esses materiais estranhos foram submetidos a extensas pesquisas em instalações em Helsinque, São Petersburgo e Moscou para saber mais sobre suas origens e composições. Agora, está claro para os cientistas que os metais não se originaram na natureza por si próprios, ou seja, são componentes que possuem uma origem tecnológica artificial, ou seja, foram fabricados.
As pedras de Ica
Em 1969, no Deserto de Ocucaje, em Ica, no Peru, mais de 11 mil pedras gravadas (mais tarde acrescidas de outras que foram encontradas, chegando em torno de 15 mil pedras), com desenhos com conhecimentos de medicina, zoologia, astronomia, etc chamaram a atenção de um médico.
Ele iniciou então uma biblioteca com mais de 15 mil pedras esculpidas ou gravadas por uma sofisticada civilização desconhecida há mais de 200 milhões de anos atrás na Terra. Esse médico, Dr. Javier Cabrera Darquea, que morreu de câncer em 30/12/2001, por mais de 40 anos estudou e compilou essas pedras que podem atualmente ser conhecidas no Museu das Pedras Esculpidas, na vila de Ica, ao norte de Nazca, Peru, América do Sul.
Cabrera afirmou que Basílio Uschuya, um fazendeiro local, trouxe as pedras à sua atenção depois de encontrá-las em uma caverna (Uschuya mais tarde foi preso por vender as pedras para turistas, e disse à polícia que ele mesmo as fez). Em 1973, Uschuya afirmou que ele havia falsificado as pedras durante uma entrevista a Erich von Däniken, copiando as imagens de histórias em quadrinhos, livros e revistas, mas depois retratou-se durante uma entrevista a um jornalista alemão, dizendo que havia afirmado que eram uma farsa para evitar a prisão por venda de artefatos arqueológicos.
As pedras de Ica são recheadas de controvérsias e consideradas farsas, no entanto, há quem defenda sua real origem e história.
Pegada humana pré-histórica
O colecionador de fósseis William Meister não conseguia acreditar no que via quando, numa manhã de 1968, na companhia de sua esposa e filhas, encontraram um achado surpreendente. Eles estavam caminhando na região de Antelope Springs (Utah), coletando diversas amostras de trilobitas (crustáceos pré-históricos), e aparentemente uma de suas filhas havia encontrado pegadas petrificadas de dois sapatos humanos em uma rocha.
As marcas perfeitamente definidas pertenciam a um tipo de bota pontiaguda e o medidor deu as seguintes medidas: 32 cm de comprimento, 11,25 cm de largura e 7,5 cm de profundidade no calcanhar. O mais curioso da história, um detalhe que deixou o Sr. Meister perplexo e desconcertado, é que o salto do sapato esquerdo esmagou precisamente um trilobita, e a pegada pelo menos devia ter sido impressa há cerca de 440 milhões de anos.
Trilobita é uma classe de artrópodes extintos que existiu desde a Era Paleozóica, há 570 milhões de anos, até o final do Permiano, há 250 milhões de anos. Os trilobitas surgiram já no início do período Cambriano, atingindo a sua maior distribuição durante o Cambriano (de 570 a 505 milhões de anos atrás) e o Ordoviciano (de 504 a 438 milhões de anos atrás). Do Siluriano de 437 a 408 milhões) e do Devoniano (de 407 a 362) estiveram em regressão, que continuou em declínio no Carbonífero (361 a 290 milhões) até que os sobreviventes desapareceram no final da Era, durante o Permiano, há 250 milhões de anos. Escusado será dizer que nesta era dos trilobitas, segundo a “Ciência Oficial” o ser humano não existia, nem mamíferos nem nada.
O artefato Aiud
Em 1973, em Aiud na Romênia, um grupo de trabalhadores que realizava uma escavação nas margens do rio Mures, dois quilômetros a leste da cidade de Aiud, na Transilvânia, encontraram três objetos simultaneamente no mesmo local, dos quais dois eram ossos fósseis pertencentes a um Mastodonte.
No entanto, o terceiro objeto foi intrigante. Um bloco de alumínio, que também estava alojado no estrato número 35 e apresentava uma diferença óbvia de qualquer pedaço de osso de animal ou objeto geológico comum. Exames químicos realizados em laboratório em Lausanne, na Suíça, para determinar sua composição, mostraram que o artefato era composto majoritariamente por alumínio (89%), com participação minoritária de outros 11 metais em proporções específicas.
A surpresa para os cientistas não foi menor, já que o alumínio em estado puro não está presente na natureza, e a tecnologia para atingir um grau considerável de pureza só poderia ser alcançada em meados do século XIX. A espessa camada de ferrugem com um milímetro de espessura que cobria uniformemente o bloco ajudou a datar sua idade em cerca de 400 anos. No entanto, a camada geológica em que foi encontrado (Pleistoceno) sugere que já existia há cerca de 20 mil anos.
Pegada humana da era jurássica
Segundo a teoria mais aceita, a extinção dos dinossauros se deu devido à colisão de um enorme meteoro o qual levantou uma imensa nuvem de poeira bloqueando o Sol durante anos, acabando assim com a cadeia alimentar desses grandes répteis. Segundo esta mesma teoria, não havia nenhum humano vivo nesta época para presenciar o ocorrido… ou será que havia?
Há mais de 100 milhões de anos, a pedreira de calcário do Rio Paluxy, no Texas, era uma planície lamacenta. Lá, inúmeros dinossauros deixaram pegadas que foram fossilizadas e preservadas para sempre. Mas a trilha de outra criatura também foi perpetuada nestas margens. Possivelmente a do Homem.
O antropólogo Carl Baugh comandou durante anos o trabalho de investigação destas pegadas controversas.
– Minha reação foi de choque – conta Carl Baugh. Soube que pegadas humanas haviam sido descobertas no Rio Paluxy, perto de Glen Rose, Texas, mas eu era cético. Aqui, após remover camadas de rochas, a equipe e eu escavamos pegadas de dinossauros. A 46,25 cm de uma dessas pegadas, achamos uma pegada humana de 24 cm. Escavamos 12 pegadas em série. Quando se acha uma trilha com passos do pés esquerdo e direito à distância correta, deve-se interpretá-la como pertencente ao Homem.
Foi dito que as pegadas do Rio Paluxy são uma fraude e que foram talhadas na rocha como atração turística.
– Encontramos trilhas seguindo para baixo das camadas de calcário. Removemos as camadas, uma lasca de rocha por vez. Descobrimos que as pegadas de dinossauro e as humanas continuam sob as camadas de rocha. Esta evidência é real.
Hoje, muitas das chamadas pegadas humanas foram vitimadas pela erosão e pelas mãos de vândalos. Porém, Carl Baugh tem uma das pegadas mais convincentes já descobertas e que provariam que algum humanoide caminhou por ali naquela época.
Os OOPArts representam um enigma intrigante que desafia nossa compreensão do passado. A investigação rigorosa e o debate aberto são essenciais para desvendar seus mistérios. A busca por respostas pode nos levar a um conhecimento mais profundo da história da humanidade e até mesmo do nosso lugar no universo.
É importante ressaltar que a pesquisa sobre OOPArts é um campo em constante evolução, com novas descobertas e interpretações surgindo frequentemente. Recomendo acompanhar o trabalho de arqueólogos, historiadores e outros estudiosos que se dedicam a esse tema para se manter atualizado sobre os últimos avanços e teorias.