O Ministério Público informou que diferentes máfias estrangeiras, formadas por brasileiros e colombianos em busca da extração clandestina de ouro, estariam por trás das ‘aparições’ em Alto Nanay.
Após a denúncia sobre as supostas aparições de ‘seres estranhos’ ou ‘alienígenas’ no distrito de Alto Nanay, cidade de Iquitos, na região de Loreto, no Peru, os fatos começaram a ser esclarecidos graças à investigação das autoridades competentes.
O que, na realidade, os habitantes da tribo Ikitu teriam visto seriam membros de algumas máfias estrangeiras dedicadas ao garimpo ilegal, informou a Promotoria Especializada em Assuntos Ambientais de Loreto, que vem investigando o notório caso.
O esclarecimento de Ministério Público é importante para que informações falsas ou maliciosas não sejam disseminadas e a população possa recuperar a calma e a compostura, afirmaram autoridades da região.
Em 11 de julho, moradores da tribo Ikitu, do distrito de Alto Nanay, localizado a 10 horas de Iquitos, relataram às autoridades o aparecimento de “seres estranhos”.
O promotor Carlos Castro Quintanilla disse à RPP News que o que foi visto pelos membros da tribo não tem algo a ver com seres de outro mundo, como se especula fortemente nas últimas semanas.
Ele descartou categoricamente essa possibilidade e explicou que por trás das “aparições” estariam membros de máfias estrangeiras dedicadas ao garimpo ilegal, que viriam do Brasil e da Colômbia .
Essas estruturas criminosas estariam chegando a este ponto remoto da Amazônia peruana em busca de extração ilegal de ouro, explicou o procurador. Não foi descartado que esses súditos estejam usando propositalmente trajes com os quais pretendem assustar a tribo para que saiam de suas terras e possam cometer seu crime.
Jairo Reátegui Ávila, cacique da tribo Ikitu.
Nesse sentido, o Ministério Público indicou que as probabilidades são “muito altas” de que os membros dessas máfias sejam os supostos “seres estranhos” que a população denunciou. Estes mesmos seriam os responsáveis por atacar os membros da comunidade que os avistassem para afugentá-los.
“Essa possível espreita na área teria feito com que os moradores denunciassem o aparecimento do que chamavam de ‘seres estranhos’, ‘alienígenas’ ou ‘ descascadores de rosto ”, disse o procurador Castro.
Além disso, o magistrado comentou que 80% das dragas ou jazidas ilegais, aparelhadas para a extração de ouro , estão localizadas precisamente na bacia do rio Nanay, pelo que há uma forte suspeita de que essas pessoas procurariam gerar medo nos moradores trancar-se em suas casas ou fugir da área.
Por meio de informações fiscais, soube-se que essas organizações utilizam equipamentos de alta tecnologia para seus objetivos.
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Jairo Reategui Davila, juntamente com outros indígenas, denunciou que os indivíduos que os atormentam aparentemente vestem preto, “medem dois metros”, são “imunes” às armas com que caçam animais e que “desaparecem” quando encurralados.
“Esses senhores são alienígenas. Eles parecem blindados como o goblin verde do Homem-Aranha. Eu atirei duas vezes e ela não cai, mas sobe e desaparece. Estamos assustados com o que está acontecendo na comunidade”, disse o líder.
“Sua cor é prata, seus sapatos são redondos e com isso eles sobem. Eles flutuam um metro de altura e têm uma luz vermelha no calcanhar. Sua cabeça é longa, sua máscara é longa e seus olhos são meio amarelados. Com isso eles te veem bem e vão embora. Eles são especialistas em escapar”.
Fonte: Infoperu
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